INPA PROMOVE 22ª SEMANA NACIONAL DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA – Por Osíris M. Araújo da Silva

ARTIGOS: Economista Osiris Messias Araujo da Silva(AM)

Com o desafiante tema “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou, de 21 a 23, a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), do qual tomaram parte instituições de ensino e pesquisa, escolas e a
comunidade científica de todo o Brasil. A programação do evento, gratuita, foi composta por cerca de 100 atividades, entre exposições, oficinas, jogos, brincadeiras, palestras e visitas a laboratórios de pesquisa. Visando a consolidação de uma reflexão sobre a relação entre sociedade e recursos hídricos, o Inpa exibiu vários projetos e grupos de pesquisa que estudam ecossistemas aquáticos, peixes e outros organismos de água doce, recursos hídricos e plantas das várzeas e igapós.

De acordo com a Assessoria de Comunicação do Inpa (Ascom), a temática levou em conta que a Amazônia, geomorfologicamente, compõe-se também de uma costa litorânea banhada pelo Oceano Atlântico à qual estão vinculados os estados do Pará, Amapá e Maranhão. “Então, falando em água, seja a água essencial à vida e a
vida que está na água, científica fisicamente significa o nosso foco central baseiam-se nos ecossistemas aquáticos, nesse caso, a floresta também é água. Sobretudo por ser a Amazônia a maior bacia hidrográfica do mundo, responsável por lançar no oceano quase 20% de toda a água doce do planeta”, argumenta o diretor do Inpa, professor Henrique Pereira.

Segundo o chefe do Bosque da Ciência, pesquisador Jorge Lobato, mais de 30 grupos, projetos e laboratórios do Inpa envolveram-se diretamente na SNCT deste ano, além de organizações parceiras. O evento reuniu cerca de 2,8 mil estudantes de 45 escolas agendadas, das zonas urbana e rural de Manaus, sem contar o público geral”.
Quanto às exposições, contaram diariamente com mais de 20 tendas ao ar livre, além das salas no Centro de Convivência e na Biblioteca. Amostras, materiais lúdicos, gráficos (banners, folders), vídeos, feira de troca de livros e instrumentos de pesquisa, foram utilizados para interagir com os visitantes e apresentar estudos e tecnologias sobre frutos, plantas, madeiras, peixes, insetos, aracnídeos, primatas, gavião-real, fungos, quelônios, entre outros.

Além das exposições, a SNCT exibiu as importantíssimas “Coleções Zoológicas do Inpa” para a comunidade do Inpa e durante todo o dia para a comunidade externa. Essas coleções zoológicas estão organizadas em diferentes acervos – Invertebrados, Peixes, Anfíbios e Répteis, Aves, Mamíferos e Recursos Genéticos Zoológicos – que representam a incrível diversidade da fauna amazônica, sendo fundamentais para pesquisas, conservação e educação. “Abrir o laboratório é abrir caminhos para o conhecimento, inspirar futuros cientistas e fortalecer o vínculo entre ciência e sociedade. Trata-se de um convite ao conhecimento da diversidade impressionante da região, os métodos de preservação dos exemplares e o processo de descobertas científicas – como o animal é coletado, catalogado e estudado com rigor”, disse a técnica das coleções zoológicas do Inpa, a pesquisadora Gisiane Lima.

Reconhecidos como espaços de debate científico e compartilhamento de conhecimentos, os Seminários ofereceram palestras curtas de 20 minutos em linguagem de fácil compreensão, tendo por propósito possível o conhecimento dos bastidores da pesquisa, da coleta de dados até a divulgação de resultados, destacando-se os temas: “Como conhecemos a diversidade de peixes amazônicos?”, “Descobrindo novos remédios na farmácia da natureza”, “Do Quintal à Ciência: Mobilizando Comunidades pela Conservação do Sauim-de-Coleira e Inteligência Artificial, ajudando a escolha de sementes certas para restaurar a Amazônia”. O evento enfim possibilitou conhecer de perto as pesquisas que o Inpa realiza sobre ecossistemas aquáticos, biodiversidade, clima, alimentação, saúde, tecnologias e educação ambiental.

O Inpa, de acordo com seu diretor, professor Henrique Pereira, reafirmou seu compromisso com a sociedade ao abrir os campi à população. “A SNCT, por conseguinte, tornou-se uma oportunidade para aproximar a ciência da sociedade, derrubar mitos e fortalecer a confiança pública na ciência. Esses três dias são muito especiais para conhecermos de perto as pesquisas que o Inpa realiza sobre ecossistemas aquáticos, biodiversidade, clima, alimentação, saúde, tecnologias e educação ambiental. Com sete décadas de trajetória científica, confirma sua vocação como instituição pública que se dedica a compreender, valorizar e proteger a maior floresta tropical do planeta, a Amazônia, atuando na capacitação de pessoas, produção de tecnologia e inovação e no compartilhamento de conhecimentos e experiências que revelam o valor da ciência feita na Amazônia e pelos amazônidas”,enfatizou.(Osíris M. Araújo da Silva é Economista, Consultor de Empresas, Professor, Escritor e poeta – [email protected]) – 27.10.25