A Defesa Civil do Amazonas recebeu a visita de integrantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, com o objetivo de acompanhar, orientar e ouvir um pouco da realidade vivenciada pelos agentes da Defesa Civil da região amazônica, para que dessa forma as ações de preparação e respostas aos municípios possam obter um êxito muito maior em casos de desastres naturais, como cheias e estiagens, no que se refere a ajuda humanitária.
Estiveram em Manaus Sônia Brim Fialho, arquiteta da coordenação de preparação da Secretaria Nacional, e Inês Rezende, consultora pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Na última sexta-feira (06), no auditório do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas, representantes das defesas civis que compõem as esferas municipal, estadual e federal estiveram reunidos.
O debate girou em torno de uma melhor forma de prestar assistência humanitária aos vitimados por desastres no Amazonas. Na ocasião, foi possível identificar algumas dificuldades e deficiências na parte logística de grande parte dos municípios do Estado.
Para o major Adson de Souza, chefe do departamento de preparação e assistência pós-desastre da Defesa Civil do Amazonas, o encontro foi satisfatório. “Todos os encaminhamentos foram anotados por parte das servidoras da Defesa Civil Nacional e com certeza serão apreciados e dado alguma resposta, que será o produto final deste levantamento com a proposta de melhorias para o atendimento aos ribeirinhos do nosso estado”.
Estiveram presentes representantes de 21 municípios que integram as nove calhas da região amazônica. Foram eles: Alvarães, Anamã, Barreirinha, Barcelos, Boca do Acre, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Fonte Boa, Itapiranga, Manacapuru, Nhamundá, Parintins, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, Urucará, Urucurituba, Nova Olinda do Norte, Borba, Japurá e Manaus.
Para o secretário municipal da Defesa Civil de Manaus, Cláudio Belém, essa foi a primeira vez que o Estado trouxe representantes da Secretaria Nacional para, de fato, ouvirem as reivindicações das populações do Amazonas. “Eu já estou na Defesa Civil há cerca de 12 anos e nunca tinha acontecido isso. É importante para que eles possam entender o que acontece em nossa região com tantas peculiaridades. Foi de grande valia a presença delas aqui para tirarmos algumas dúvidas e para elas verem as nossas dificuldades, para que a gente possa melhorar as nossas atividades e respostas a médio e longo prazo”, afirmou Cláudio.
“O evento de hoje foi muito importante uma vez que nós conseguimos passar um raio-x real das dificuldades da região amazônica envolvendo a capital do Estado e o interior com as demandas das secretarias e coordenadorias de Defesa Civil, para que a Nacional possa ter real noção de como o Estado, em momentos de desastres, precisa mover um apoio logístico para atender a ponta da linha”, destacou Osmildo Barbosa, coordenador de Defesa Civil do município de Barcelos.
Atenção – Segundo Inês Rezende, o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, está com atenção a essas dificuldades, por isso, dentro deste projeto, enviou representantes para conhecerem a realidade dos municípios e as boas práticas também, bem como obter sugestões a partir da experiencia de cada um.
“A ideia desse projeto é que ano que vem, na conclusão do relatório, saiam propostas de melhorias exatamente apresentadas no encontro. Para que o afetado por desastre possa receber esse apoio complementar, mas sabendo que o município e o Estado têm responsabilidades e o Governo Federal entra para apoiar essas iniciativas de ambos”, destacou Inês, consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
PNUD – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) contribui, há mais de 50 anos, para o crescimento inclusivo e sustentável, de forma contínua e em bases democráticas, sempre em parceria com o Estado, a sociedade civil organizada e o setor privado.
O PNUD, atualmente em 170 países e territórios, tem a constante missão de alinhar seu trabalho às necessidades do país, colaborando no desenvolvimento de políticas, habilidades de liderança, capacidades institucionais, resiliência e, especialmente, erradicação da pobreza e redução de desigualdades e exclusão social.