O deputado estadual Josué Neto oficializou, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que não disputará o cargo de prefeito de Manaus nas Eleições Municipais de 2020. O discurso, feito na manhã de hoje, segunda-feira (04), ele endossou o o que já havia adiantado em postagens feitas nas suas redes sociais, na última sexta-feira (01).
“Vou me dedicar exclusivamente ao meu mandato e ao cargo de presidente da Assembleia Legislativa. Vou continuar trabalhando para ajudar meus colegas no desenvolvimento dos seus mandatos e pelo atendimento dos anseios da população, de maneira que contemplemos os anseios de toda e qualquer classe profissional, religiosa, movimentos políticos e os que visam à melhoria de vida das pessoas”, afirmou Josué Neto.
Em sua fala, ele explicou os motivos que o levaram a repensar seu posicionamento quanto ao processo eleitoral que se avizinha. De acordo com ele, foram aproximadamente 7 meses de conversas com o senador Omar Aziz – presidente da sigla da qual faz parte, o PSD – sem que as questões da sua desincompatibilização tenham sido acordadas.
“Venho conversando desde o dia 7 de abril. Naquela ocasião, tive uma conversa com o senador Omar Aziz. Expliquei ao senador a minha vontade de assumir um novo partido, de me desfiliar do PSD por uma razão muito simples, histórica e de técnica política, que é a liberdade em poder formular composições”, explicou Josué Neto.
O presidente da Aleam relembrou dados históricos que comprovam a viabilização de campanhas vitoriosas por meio do comando de legendas. Ele usou como exemplo governadores e prefeitos eleitos desde a década de 50, passando pelas vitórias de Plínio Ramos Coelho à eleição do atual governador do Estado.
“Todos os governadores e prefeitos que atravessaram as décadas, até o período atual, conseguiram se eleger com o comando dos seus partidos. Nenhum deles era apenas um filiado, com raras exceções”, disse, enfatizando que não pode deixar o PSD por não ter recebido autorização de Omar Aziz, como aconteceu com o governador interino, em 2017, que pertencia ao mesmo partido e que também não teve autorização de Omar para disputar o cargo.
Josué Neto pontuou seu desejo de participação no pleito, não estava condicionado ao simples desejo de vencer a disputa. “A gente não participa de uma eleição somente para ganhar. Participamos para contribuir com a democracia e levantar os principais problemas da cidade e do Estado”, falou Josué Neto.
Apoio
Quanto ao futuro e possível apoio a algum dos prefeituráveis, Josué Neto falou que aguardará com serenidade o período das convenções partidárias, que acontecerá em agosto do próximo ano. É nas convenções que os partidos oficializam os nomes dos seus candidatos aos cargos eletivos.