Em mais uma rodada de conversas pelas feiras de Manaus, o deputado Josué Neto, visitou na manhã de ontem, sábado (31) as feiras da Compensa (zona Oeste) e da Praça do Manôa (zona Norte), onde escutou dos feirantes e comerciantes o desejo de que os espaços comerciais sejam explorados pelo seu potencial turístico. “Não temos estacionamento para clientes, o que faz o fluxo ser só mesmo do pessoal que mora perto. Além disso, falta mais organização, limpeza, e um atrativo para o povo vir comprar aqui”, explicou o feirante Arnaldo Pereira, que trabalha há mais de 30 anos na Feira da Compensa.
Para Josué é justamente a falta de mais atrativos que inibem o crescimento das feiras de Manaus como pontos de turismo da região Norte. “Temos espaços que estão em ótima localização, com um grande fluxo de pessoas, com produtos bons sendo vendidos, com pessoas honestas e trabalhadoras. Mas precisamos olhar adiante, isso não está sendo o suficiente. Temos um enorme potencial turístico e nada estamos fazendo para desenvolver isso nas nossas feiras: precisamos de infraestrutura, organização, limpeza, e facilidades do dia a dia como loterias, caixas 24h, e principalmente, precisamos ver nossa região representada em seus sabores, cheiros e temperos”, afirmou Josué.
“Eu fico preocupada com a nossa segurança. Aqui é como se fosse a rua. É um entra e sai toda hora e não tem policiamento”, disse à Josué a dona Ivone Dias, trabalhadora da Feira da Compensa. O mesmo sentimento é defendido e ampliado por Josué. “Além do policiamento, de mais segurança, nós entendemos que tanto os feirantes quanto os consumidores precisam de um ambiente mais higiênico, claro, com estacionamento, banheiros em bom uso, posto de saúde, serviços de impressão de documentos e wi-fi gratuita. Temos que atrair as pessoas pras feiras. É dessa maneira que vejo nossas feiras no futuro”, afirmou Josué.
Josué lembrou ainda que é preciso oferecer oportunidade de qualificação aos trabalhdores das feiras. “Outro ponto importante é a qualificação. Temos de pensar em parceriais com o sistema S (Senai, Sesc, Sesi, Senac) e também com o Cetam para oferecer cursos de aperfeiçoamento e especialização em atendimento e idiomas. Além dos produtos alimentícios, que encontramos na maioria das feiras do país, nós temos os produtos que são a cara da nossa região. E temos que lembrar que eles são consumidos por moradores daqui, mas também são verdadeiros atrativos para turistas. Precisamos aproveitar essa demanda”, destacou Josué.
Modelos de Sucesso
Entre os exemplos citados por Josué a serem seguidos está o Mercado Central de Fortaleza, o Mercado de São Paulo e o Mercado Central de Belo Horizonte.
“O Mercadão de Fortaleza investe no turismo. Você percebe que é um mercado que é a cara do Nordeste, que não perde a sua essência. De grandes proporções, mas que não perde a organização. No mesmo perfil tem o Mercado Municipal Paulistano, que abriga cerca de 300 boxes e recebe aproximadamente 50 mil pessoas por semana. E o Mercado Central de Belo Horizonte que reúne comidas típicas, artesanato, e programações culturais. São exemplos que devemos seguir aqui na nossa cidade”, defende Josué.