Mais de 11 mil pessoas são afetadas por enchente no AC e governo federal reconhece situação de emergência

A inundação provocada pela cheia do Rio Acre já fez com que mais de 11,2 mil pessoas deixassem suas casas em todo o Acre até esta segunda-feira (26). Do total, 5.578 estão desabrigadas e 5.703 desalojadas. Os dados foram divulgados pelo governo do estado.

Em Rio Branco, a medição do manancial feita às 9h desta segunda marcou 15,96 metros.

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O governo federal, por meio da Portaria nº 622, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, publicada neste domingo (25), reconheceu a situação de emergência em 17 municípios do estado do Acre. O reconhecimento saiu no Diário Oficial da União (DOU), após o governo do Acre publicar o decreto em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).

A capital Rio Branco ainda enfrenta problemas com o transbordo dos igarapés Batista, São Francisco e Dias Martins. Trinta bairros da capital foram atingidos.

Rio Branco

Segundo a medição divulgada pela Defesa Civil, às 9h desta segunda-feira (26), o manancial está com 15,96 metros em Rio Branco, quase 2 metros acima da cota de transbordo estabelecida em 14 metros e com tendência de subida. O número de desalojados está em 274 e de desabrigadas é de 481 pessoas que estão em 10 abrigos. Pelo menos 33 bairros foram atingidos. Por causa da situação, o governo decretou, no sábado (24), estado de alerta em todo o Acre.

O município de Jordão, onde mais de 5 mil pessoas foram afetadas diretamente, decretou estado de calamidade pública por causa da cheia do Rio Tarauacá. Ao g1, o prefeito Naudo Ribeiro disse que mais de 80% da cidade está alagada e foi necessário até mesmo evacuar o hospital da cidade. cinco mil moradores foram afetados diretamente pela cheia.

“Em primeiro momento decretamos situação de emergência e ontem calamidade. O Corpo de Bombeiros encaminhou cinco militares para apoiar o levantamento de dados e ajudar a população. Temos a maior cheia da história do município, [foi] atingido 100% o hospital com mais de um metro dentro, [foi] atingido nosso posto de saúde, a delegacia, o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] “, lamentou o prefeito Naudo Ribeiro.

Em Assis Brasil, 340 pessoas estão desabrigadas, 125 desalojadas e quatro bairros afetados. No município, quatro abrigos foram disponibilizados para a população.

Brasiléia

A cidade de Brasiléia é outra em que o estado de emergência foi decretado. Às 9h desta segunda-feira (26), o manancial marcou 13,98 metros, também acima da cota de transbordo de 11,40 metros. No município, são 1.540 desabrigados em 10 abrigos e 1.256 desalojados.

Plácido de Castro

Em Plácido de Castro, há 22 pessoas desabrigadas, também há 200 pessoas desalojadas e foram 13 bairros atingidos. Dois abrigos estão preparados para quem precisar no local.

Epitaciolândia

Em Epitaciolândia, 1.010 pessoas estão desabrigadas, 750 desalojadas em 3 bairros atingidos. Oito abrigos foram montados para receber os desabrigados. Na medição das 6h desta segunda, o nível do rio estava em 13,87 metros, mais de dois metros acima da cota de transbordo de 11,40 metros.

Já em Xapuri, cidade natal do líder seringueiro Chico Mendes, o manancial começou a invadir a cidade. Na segunda (26) às 7h, o nível estava em 14,52 metros, mais de um metro acima da cota de transbordo de 13,40 metros.

Tarauacá

Em Tarauacá, nesta segunda-feira (26), o nível do rio às 6h está em 10,80 metros, mais de um metro acima da cota de transbordo, que é de 9,50 metros. Pelo menos 125 pessoas estão desabrigadas no município, sendo 24 famílias em um abrigo público na cidade.

Santa Rosa do Purus
Já em Santa Rosa do Purus, 359 pessoas estão desabrigadas, e 960 pessoas estão desalojadas. Três abrigos foram preparados e um bairro foi atingido na cidade.(g1)