Major Olímpio diz que Eduardo Bolsonaro deveria ‘calçar a sandália da humildade’

Major Olímpio critica Eduardo Bolsonaro/Foto> AS

O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou que o PSL busca um terceiro nome para liderar a bancada na Câmara que consiga “aglutinar” os parlamentares e acusou o deputado Eduardo Bolsonaro de “tentar empurrar goela abaixo” seu nome para a liderança do partido. Olímpio se reuniu na manhã desta terça-feira com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, na sede da legenda, em Brasília.

“Se o filho do presidente tivesse calçado a sandália da humildade para conversar com o partido e não tentar empurrar goela abaixo, isso não estaria acontecendo nesse momento”, criticou Olímpio, sobre Eduardo Bolsonaro ter apresentado uma lista com 29 assinaturas na manhã de ontem para se tornar líder da bancada na Câmara.

O senador criticou a articulação política do Palácio do Planalto por ter se envolvido na briga pela liderança do PSL na Câmara e diz que sempre lutou contra o toma, lá, dá, cá. “Essa questão acabou ampliando por falta de estratégia política do Palácio do Planalto. Entrar numa contenda e envolverem até o próprio presidente foi péssimo, foi horrível e acabou trazendo derrota para o próprio Planalto e o próprio presidente. Nós ficamos a vida toda negando o toma lá dá cá. Então, na hora vem o dá cá se não você vai tomar porrada? Isso foi horrível e nos estamos tentando minimizar os efeitos disso e se tiver um terceiro nome, qualquer nome poderá fazer a aglutinação”.

Major Olímpio disse que essa primeira etapa do processo aberto contra dezenove parlamentes será de suspensão e não expulsão. E afirmou que todos terão direito ao contraditório. O Globo apurou que o prazo de se arrastar até a próxima semana e ninguém deve ser punido esta semana.

“Alguns feriram cláusulas partidárias de forma séria. E isso pode demandar representações. Claro, que com o direito de defensa e poderá ter um desfecho inclusive com a perda do mandato e a chamada do suplente”.

Major Olímpio disse ter defendido junto ao presidente do PSL a destituição imediata de Eduardo e Flávio do comando dos diretórios estaduais de São Paulo e Rio de Janeiro. “O mandato termina em 31 de dezembro. Eu vou defender que se resolva a questão já. O que eles não destruíram até agora, vão destruir. O partido já teve mais de uma centena executivas municipais arrancadas no rancor e no ódio sem análise. O partido está uma verdadeira terra arrasada. Vou defender junto a Bivar que se resolva a situação logo, sob pena de não conseguirmos viabilizar candidaturas para 2020”.(iG)