Mais uma miniusina de produção independente de oxigênio medicinal entrou em funcionamento, nesta sexta-feira (05/02), em Manaus. A estrutura, doada pelo Hospital do Amor de Porto Velho, foi instalada no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo, na zona leste, uma das unidades da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), considerada porta de entrada para pacientes acometidos pela Covid-19. O equipamento tem capacidade para produzir 720 metros cúbicos do insumo.
Com ele, já são 20 miniusinas instaladas no estado, gerando 9.000 metros cúbicos ao dia, somadas as produções da capital e do interior.
A geração independente de O2 no Platão Araújo contribuiu para a abertura de mais 22 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na unidade hospitalar. Além deles, outros 328 leitos, entre clínicos e de UTI, serão incorporados à rede pública de saúde nos próximos dias, conforme anúncio realizado pelo governador Wilson Lima.
Além do Platão Araújo, outras instituições terão a capacidade de atendimento ampliada. São elas: Hospital Nilton Lins, Hospital Delphina Aziz e Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) – este vinculado à Universidade Federal do Amazonas (Ufam). As ações contam com o apoio do Governo Federal.
Sete equipamentos para o interior – Na quinta-feira (04/02), chegaram ao Amazonas os componentes que estavam pendentes de outras quatro miniusinas doadas pelo Hospital Sírio-Libanês/Fundação Itaú, além de mais três miniusinas destinadas ao Estado pelo movimento de voluntários União BR. Os sete equipamentos serão instalados nos municípios de Tefé, Eirunepé, Carauari, Alvarães, Lábrea e Barcelos, informou o governador Wilson Lima. O prazo de instalação é de até três dias.
A expectativa é que, ao todo, 64 miniusinas seja instaladas no Amazonas, conforme prevê o Plano de Contingência traçado de forma conjunta entre os Governos do Amazonas e Federal, para reduzir a pressão sobre a rede pública estadual de saúde e garantir a oferta de oxigenoterapia em unidades de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Juntas, elas irão produzir mais de 31 mil metros cúbicos de O2/dia.
Dos 64 aparelhos, 30 estão em fase final de aquisição pelo Governo do Amazonas, através da SES-AM. A medida passou a integrar a estratégia a partir da escassez de oxigênio medicinal no estado, decorrente principalmente do isolamento geográfico da região e do aumento nas hospitalizações de pacientes com Covid-19.
As usinas permitirão, por exemplo, a abertura de novos leitos pela SES, ampliando a oferta de tratamento contra a Covid-19. Serão 350 só na capital, sendo 100 deles leitos de UTI.
Além do HPS Platão Araújo, as unidades hospitalares que hoje dispõem de miniusinas produtoras são: HUGV, unidade federal vinculada à Universidade Federal do Amazonas); Hospital de Campanha do Delphina Aziz (2); Fundação do Coração Francisca Mendes (1); HPS João Lúcio (1); Maternidade Azilda Marreiros (1); Hospital Regional de Parintins (2); Hospital de Maués (2); SPA da Redenção (1); Hospital de Campanha de Manacapuru (1); Instituto da Criança do Amazonas (Icam); Hospital Nilton Lins; Hospital Regional de Coari; Hospital Regional de Humaitá; UPA Tabatinga; e Hospital Adventista de Manaus (2). Apenas este último faz parte da rede privada.
A meta do governo, com o incremento da tecnologia, é redirecionar o insumo aos hospitais que enfrentam maior pressão no consumo, em função do aumento no número de pacientes internados.
Atualmente, o consumo no Estado, incluindo as redes pública e privada, é superior a 86 mil metros cúbicos/dia, mas pode chegar a 130 mil nos próximos dias, conforme o titular da SES-AM, Marcellus Campêlo.