Uma miniusina com capacidade para produzir, de forma independente, 624 metros cúbicos de oxigênio medicinal ao dia, passou a operar, nesta quarta-feira (04/02), no complexo hospitalar que abriga uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e uma maternidade, em Tabatinga, município localizado na tríplice fronteira (Brasil/Peru/Colômbia), situado a 1.108 quilômetros de Manaus.
Com mais essa, são 19 equipamentos desse tipo já instalados na capital e no interior, produzindo 8.280 metros cúbicos do gás medicinal.
Ao todo, serão instaladas no Amazonas 64 miniusinas, conforme prevê o Plano de Contingência traçado de forma conjunta entre os governos do Amazonas e Federal, para reduzir a pressão sobre a rede pública estadual de saúde; e garantir a oferta do insumo em unidades de média e alta complexidade do SUS (Sistema Único de Saúde). Juntas, elas produzirão mais de 31 mil metros cúbicos de oxigênio/dia.
Dos 64 aparelhos, 30 estão em fase final de aquisição pelo Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM). A medida passou a integrar a estratégia a partir da escassez de oxigênio medicinal no Estado, decorrente, principalmente, do isolamento geográfico da região e do aumento nas hospitalizações de pacientes com Covid-19.
As usinas estão sendo montadas em tempo médio de até cinco dias após a entrega. No caso da usina de Tabatinga, a instalação ocorreu em um tempo recorde de três dias, explicou o titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima. Em geral, as usinas permitirão, por exemplo, a abertura de novos leitos pela SES, ampliando a oferta de tratamento especializado na rede pública de saúde.
As unidades hospitalares que hoje dispõem de miniusinas produtoras, são: Hospital Universitário Getúlio Vargas (1), Hospital de Campanha Delphina Aziz (2), Fundação do Coração Francisca Mendes (1), Hospital e Pronto Socorro João Lúcio (1), Maternidade Azilda Marreiros (1), Hospital Regional de Parintins (2), Hospital de Maués (2), SPA da Redenção (1), Hospital de Campanha de Manacapuru (1), Instituto da Criança do Amazonas – Icam (1), Hospital de Campanha Nilton Lins (1), Hospital Regional de Coari (1), Hospital Regional de Humaitá (1), Upa Tabatinga (1) e Hospital Adventista de Manaus (2). Apenas este último faz parte da rede privada.
A meta do governo, com o incremento da tecnologia, é redirecionar o insumo aos hospitais que enfrentam maior pressão no consumo, em função do aumento no número de pacientes internados.
Atualmente, o consumo no Estado, incluindo as redes pública e privada, é superior a 83 mil metros cúbicos/dia, mas pode chegar a 130 mil nos próximos dias, conforme o titular da SES-AM, Marcellus Campelo.
Outra medida que deverá reforçar a produção do insumo é a reativação, em Manaus, de uma segunda planta industrial da White Martins, principal fornecedora de gases medicinais do Governo do Amazonas. A expectativa é que ela produza mais 6 mil metros cúbicos de O2 ao dia, que serão inseridos na rotina de distribuição e abastecimento de hospitais.