O plantio das mudas para a restauração florestal de áreas degradadas inicia na segunda-feira (16/01), em Açuanópolis, município de Canutama…
Representantes do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da Conservação Internacional estiveram reunidos, nesta sexta-feira (13/01), para definir o cronograma de ações do programa “Paisagens Sustentáveis da Amazônia”, iniciativa financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente voltado especificamente para a Amazônia.
O plantio das mudas para a restauração florestal de áreas degradadas será iniciado na segunda-feira (16/01), em Açuanópolis, sul do município de Canutama (distante 619 quilômetros distantes da capital).
No plano de trabalho já consolidado, cabe ao Idam realizar a recuperação de uma área de 50 hectares (equivalente a 50 campos de futebol). A área que receberá o trabalho de restauração, os técnicos que irão participar da ação e as mudas (frutíferas e florestais) já foram definidos e agora, é a etapa da execução do que está no planejamento, como explica o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal (Datef), o engenheiro florestal Luiz Rocha.
“Nós já realizamos todos os trabalhos de campo. Visitamos as propriedades, selecionamos os produtores que têm aptidão para as atividades, fizemos aquisição de mudas e insumos agrícolas com ajuda da conservação internacional, e agora vamos iniciar o plantio”, explicou.
Ainda de acordo com Luiz Rocha, a plantação das mudas adquiridas para o reflorestamento marca o pontapé inicial na prática da execução do programa na linha de reflorestamento.
“Esse é de fato o pontapé inicial da parte de campo do programa ‘Paisagens Sustentáveis da Amazônia’. E para isso, elaboramos uma cartilha para que nosso técnico em campo tenha diretrizes para seguir. As espécies florestais selecionadas foram: mogno, copaíba, cedro, andiroba, ipê, cumaru, pau-rosa, Itaúba, bacabinha, seringa e as frutíferas são graviola, acerola, pitáia, limão taiti, laranja, goiaba vermelha”, concluiu Rocha.
O encontro, realizado na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, teve como representantes do Idam, o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Florestal (Datef), o engenheiro florestal Luiz Rocha, a gerente de apoio à produção florestal, engenheira florestal Maria do Carmo Gomes Pereira, da assessora do Datef e a engenheira florestal Ana Paula Paiva e do coordenador do núcleo de geoprocessamento do Idam, Márcio Fonseca.
A analista ambiental Adriana Aparecida Barbosa representou o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), a Secretária Executiva de Gestão Ambiental da Sema, Fabrícia Arruda e a coordenadora do programa, Leticia Oliveira também estiveram presentes.
Paisagens Sustentáveis da Amazônia
O programa é uma iniciativa financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (no inglês, Global Environment Facility – GEF), coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e é parte do Amazon Sustainable Landscapes (ASL), um programa regional voltado especificamente para a Amazônia, envolvendo Brasil, Colômbia e Peru. O Banco Mundial é a agência implementadora do programa e a Conservação Internacional (CI-Brasil) é a agência executora, que tem como diretriz principal a visão integrada do bioma, de modo a promover a conectividade entre os três países.
Os principais objetivos da iniciativa são aumentar as áreas de ecossistemas florestais globalmente relevantes por meio da criação de novas áreas protegidas; consolidar e melhorar a gestão de Unidades de Conservação; aumentar o financiamento para o sistema de áreas protegidas; promover a conectividade e a gestão integrada de áreas protegidas; e promover o desenvolvimento de arranjos produtivos locais e cadeias de valor derivados do uso sustentável da biodiversidade.
Estão entre as principais metas ainda a cadeia produtiva da recuperação da vegetação nativa e o setor de produção de sementes e mudas de espécies nativas; fortalecimento das políticas públicas voltados à proteção e à recuperação da vegetação nativa; e promoção da capacitação e da cooperação regional entre os países integrantes do programa.