PM suspeito de matar transexual em motel se apresenta na delegacia

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O Cabo da Polícia Militar (PM), Jeremias Costa da Silva, suspeito de ter assassinado a transexual Manoella Otto, conhecida artisticamente como Manu Magia das Fadas, se apresentou no último domingo (14), na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

O PM se apresentou na companhia de um advogado e durante o depoimento optou pelo direito de permanecer calado, conforme contou o delegado da Especializada, Charles Araújo.

Manoella foi assassinada na madrugada do último sábado (13), dentro de um quarto de motel, localizado na avenida Samaúma, bairro Monte das Oliveiras, zona Norte de Manaus.

A polícia busca juntar provas que comprovem que Jeremias é o mesmo homem que fugiu do local e que estava com cabeça encoberta por uma camisa. Diversas testemunhas já foram ouvidas, além de imagens de câmeras de segurança estão sendo utilizadas durante a investigação.

Ainda de acordo com delegado Charles Araújo, uma possível briga pode ter acontecido entre o autor e a vítima momentos antes do disparo que vitimou a trans.

Agressividade

O cabo Jeremias era lotado na 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), e estava afastado de suas funções por problemas de saúde.

O carro utilizado para arrebentar o portão do motel, onde o crime aconteceu, está registrado em nome do policial militar, o que o coloca como principal suspeito do homicídio.

De acordo com colegas, Jeremias possui histórico de agressividade, inclusive, quando faz consumo de bebidas alcoólicas e drogas. O mesmo já teve desavenças com colegas de farda da corporação. Isso seria um dos motivos para o seu afastamento da atividade profissional.

A vítima era jornalista, produtora e atriz e estudava administração. Ela foi morta com um tiro no abdômen. Manu, ao contrário de muitas travestis que acabam recorrendo à prostituição para poder sobreviver, era formada e possuía um extenso currículo em atividades ligadas à arte e cultura na capital e em outros estados.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) segue com as investigações e espera o resultado do laudo da cena do crime para poder concluir o inquérito policial.(Portal Marcos Santos)