Na manhã desta segunda-feira (20/09), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio das Delegacias Especializadas em Crimes Contra a Mulher (DECCMs), deflagrou a Operação Maria da Penha com o objetivo de enfrentar a violência doméstica contra a mulher e aprimorar o sistema de proteção às vítimas. A ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e ocorre em todo o país.
No Amazonas, a operação contou com o apoio da Ronda Maria da Penha, da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e de agentes da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).
Na coletiva de imprensa, no prédio da Delegacia Geral, estiveram presentes o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM); as delegadas Débora Mafra, Déborah Souza e Kelene Passos, titulares da Delegacia Especializada em Crimes Contra Mulher (DECCM), das zonas centro-sul, norte/leste e oeste/sul, respectivamente; a secretária da Sejusc, Mirtes Sales e a capitã Franciane, da Ronda Maria da Penha, da PMAM.
“Essa operação vem sendo deflagrada desde o mês de agosto e, hoje, faremos esse fechamento com ótimos resultados. Gostaria de agradecer a todos os envolvidos nessa ação e lembrar que o trabalho da PC-AM não para”, relatou o delegado Alessandro Albino.
Mandados – Durante toda a operação, foram expedidos 31 mandados, sendo 27 de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão por descumprimento de medidas protetivas e demais crimes contra a mulher.
“Finalizamos hoje a operação integrada com 13 mandados cumpridos nas diferentes zonas da cidade e em alguns municípios do interior do Amazonas. Consideramos exitosa esta ação e vamos continuar os trabalhos no combate e enfrentamento a violência contra mulher”, destacou Débora Mafra.
Conforme Mafra, a operação visou também o aprimoramento do sistema de segurança e amparo de mulheres e familiares, para que todos sejam assistidos da melhor forma.
A titular da Sejusc, Mirtes Sales, ressaltou o trabalho desenvolvido pela pasta no enfrentamento a esses crimes. “Nossas equipes multidisciplinares formadas por psicólogos, assistentes sociais e assistentes jurídicos fazem o acompanhamento das vítimas e também aparam os familiares delas, a fim de diminuir os impactos causados por essas agressões”.
As delegadas Déborah Souza e Kelene Passos salientaram que não é apenas a vítima que sofre com essas agressões, mas sim todo o ciclo social em que ela está envolvida e que acaba sendo atingido, sendo assim, é importante que as mulheres registrem o Boletim de Ocorrência (BO) para que as autoridades policiais tomem conhecimento e iniciem as investigações.
Registro de Ocorrência – Segundo a titular da DECCM centro-sul, Débora Mafra, a violência contra mulher no âmbito da Maria da Penha não é somente criminal, mas também social, pois a partir do momento que o agressor tem ciência do crime que cometeu, ele foge.
“Nossas equipes estão sempre alerta para tirar de circulação esses infratores. Ao primeiro sinal de agressão física, psicológica, moral ou patrimonial, procure o Distrito de Integrado Polícia (DIP) mais próximo, a DECCM da zona onde reside, ou ainda, ligue no 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM)”, esclareceu ela.