Polícia Civil prende taxista acusado de estuprar criança de 11 anos, em Manaus

Taxista Rillir Bastos, estuprador de criança de 11 anos/Alailson Santos

A Polícia Civil do Amazonas (PC/AM) apresentou, na tarde de ontem, quarta-feira (17), na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o taxista Rillir de Moraes Bastos, de 45 anos, acusado de estuprar, em novembro de 2017, uma menina de 11 anos, crime ocorrido no bairro Armando Mendes, zona leste de Manaus.

De acordo com a titular da Depca, delegada Joyce Coelho, a vítima só relatou o abuso à família um ano após o ocorrido, no final de 2018, depois da terceira tentativa de suicídio e de ser internada na UTI de um hospital da cidade.

“Trata-se de uma vítima abusada sexualmente ainda na infância, que passou um ano sofrendo os traumas dessa violência. Após contar o fato, a mãe trouxe a vítima até a delegacia, onde foi registrado o boletim de ocorrência. Nós identificamos o acusado e, diante da gravidade da situação, representamos de imediato pela prisão preventiva dele, que foi acolhida pela Justiça”.

Após a violência, a menina que hoje tem 13 anos e está recebendo acompanhamento profissional, deixou de estudar a passou a apresentar transtornos psicológicos que culminaram nas tentativas de suicídio.

Prisão – O taxista foi preso nesta quarta-feira, na residência onde morava, no mesmo bairro em que o crime ocorreu. Ele não tinha passagens anteriores pela polícia e vai responder por estupro de vulnerável, em que a pena varia de oito a 15 anos de prisão. Ele será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde ficará à disposição da Justiça.

Segundo a delegada, o acusado após ser preso permaneceu calado. Ele já havia sido ouvido em uma primeira oportunidade, onde negou ter cometido o crime.

A menina relatou que foi abordada enquanto andava em uma das ruas do bairro e foi puxada para dentro do veículo, onde o estupro foi consumado. Após a violência, a menina passou a ser coagida pelo agressor, para que não denunciasse o fato.

“Ela nos contou que, após o abuso, passou a receber algumas ligações telefônicas, de números privados, com ameaças para que não fizesse a denúncia. Tudo isso acabou inibindo-a mais ainda a falar sobre o que ocorreu”.

A Depca está localizada na rua Seis, nº 1, conjunto Vista Bela, bairro Planalto, na zona centro-oeste, e funciona em plantão de 24h. Denúncias podem ser feitas pelos telefones (92) 3656-8575 (Depca), 181 (Secretaria de Segurança Pública) e 100 (Disque Direitos Humanos).