O preço dos combustíveis voltou a registrar queda nos postos pela segunda semana seguida, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), divulgado nesta sexta-feira (8). Os valores refletem a redução de tributos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nos estados.
O valor médio do litro de gasolina caiu 8,9%, de R$ 7,13 para R$ 6,49, ficando R$ 0,64 mais baixo. O do etanol recuou 4,3%, passando de R$ 4,72 para R$ 4,52. Já o preço médio do litro de diesel teve leve queda, de R$ 7,55 para R$ 7,52 (0,39%).
O diesel continua superando o preço da gasolina, após o último reajuste autorizado pela Petrobras nas refinarias, de 5,2% na gasolina e de 14,2% no diesel, no último dia 17 de junho.
Numa tentativa de abaixar os preços nos postos, os impostos federais foram zerados, e o ICMS (tributo estadual) passou a ser limitado a 18%. Lei sancionada no dia 23 de junho pelo presidente Jair Bolsonaro fixou um teto para a cobrança do imposto sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte urbano.
Mais de 20 estados já anunciaram a redução, como São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Alguns estados contestaram, alegando que a lei federal prejudica o orçamento estadual, dada a importância do ICMS para a arrecadação.
De acordo com a inflação oficial de junho, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) apontou que o grupo de transportes, o maior peso no índice geral, a alta de 0,57% apurada em junho representa uma desaceleração ante ao mês anterior (+1,34%). No mês, o resultado foi impactado pela queda de 1,2% nos combustíveis.
O recuo foi puxado pelos preços da gasolina, item de maior peso individual no IPCA, que caíram 0,72%, enquanto os do etanol recuaram 6,41% e os do óleo diesel subiram 3,82%. A maior variação (11,32%) e o maior impacto positivo (0,06 ponto percentual) do grupo partiram das passagens aéreas, que acumulam alta de 122,4% no ano.(R7 Brasília)