A maternidade Azilda da Silva Marreiro inaugurou ontem, sexta-feira (08), a primeira sala de acolhimento e boas práticas para as gestantes do Estado, uma novidade entre as sete maternidades da capital. O espaço é reservado às mulheres que buscam a maternidade, mas que ainda não entraram em trabalho de parto. Com a ajuda profissional, elas recebem estímulo para que a situação evolua na própria maternidade, sem que tenham que retornar para casa.
De acordo com a secretária executiva da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Vanessa Lima do Nascimento, o novo espaço tem como finalidade adequar a maternidade à política de humanização do Sistema Único de Saúde e deve ser expandido às outras unidades da rede estadual. A maternidade deve inaugurar ainda nesse semestre, o solário e um bloco cirúrgico.
“O nosso projeto é equiparar todas as maternidades do Estado no nível de atendimento e de humanização no tratamento das parturientes e ainda implantar as politicas públicas definidas pelo Ministério da Saúde (MS) e recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa sala de acolhimento é a primeira de um trabalho que vamos fazer em todas as maternidades do Amazonas, trazendo o empoderamento da mulher, a organização e melhorando a qualidade do atendimento, tanto da mãe quanto do recém-nascido”.
Para receber a nova sala, a unidade passou por adequações na estrutura, o fluxo de atendimento foi alterado e salas administrativas remanejadas. Um espaço ocioso da maternidade, que servia de deposito de equipamentos sem utilidade, ganhou pintura nova, equipamentos e deu lugar a sala de acolhimento e boas práticas.
“Esse espaço traz uma ação tão nobre, que é empoderar a mulher no seu momento de parto, em um local que vai receber não só a parturiente, mas também o esposo ou companheiro, a mãe ou outra pessoa que ela escolheu para estar ao seu lado naquele momento importante para a família”, disse a secretária.
A diretora da unidade, Juliana Evangelista, ressalta que a implantação da sala de acolhimento levou em consideração a dificuldade das grávidas que chegam à maternidade. “No dia a dia, vamos percebendo as necessidades das mães e encontrando soluções do que podemos fazer para ajudá-las, então a sala de acolhimento foi pensada no atendimento para evitar que essas parturientes fiquem indo e voltando para a maternidade”, disse a diretora, ao ressaltar que o novo espaço foi equipado com objetos especiais e aparelhos para auxiliar as mulheres com exercícios de estímulo, sempre acompanhadas por profissionais e por alguém da família.
Atendimentos – A maternidade Azilda da Silva Marreiro, localizada no bairro Galileia, tem a maior demanda de moradores da zona Norte, realizando em média 360 partos por mês e fazendo cerca de 70 atendimentos por dia. Outra mudança ocorrida na maternidade foi à implantação da vestimenta para as pacientes. “Hoje, todas as nossas mães do Alcon (enfermaria) usam uma bata, para que não fiquem com roupas inadequadas para o atendimento médico e as visitas diárias. Temos pensado em tudo”.
Ainda segundo a diretora, a maternidade já alcançou 90% da meta imposta pelo Estado para a melhoria dos serviços. “Quando assumimos, verificamos a necessidades de algumas adequações estruturais, dos espaços, de posicionamento, conduta e melhoria no apoio para os funcionários, para que eles conseguissem dar um melhor atendimento para as grávidas que nos procuram. E hoje, após 65 dias de atuação, podemos dizer que já cumprimos 90% do plano para 100 dias”, pontou.