A Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), do Governo do Amazonas, realizou na sexta-feira (06), uma cerimônia de casamento coletivo no Centro de Convivência da Família Teonízia Lobo, no bairro Amazonino Mendes (Mutirão), ação que fez parte da primeira edição do programa “Muda Manaus”, criado para proporcionar à população de bairros vulneráveis da capital uma série de serviços e melhorias de forma integrada.
Na cerimônia, realizada em parceria com o 5º Ofício do Registro Cível, 26 casais confirmaram seus votos. Katyanne Batista e Erivan Rodrigues estavam entre os que disseram o “sim” diante de familiares, amigos e da juíza de paz Ana Maria Diógenes. O casal se conheceu há cinco anos e sempre quis oficializar a união.
“Há anos, a gente sonhava em realizar esse sonho. Apareceu essa oportunidade agora, e a gente agarrou com unhas e dentes”, afirmou Katyanne, que elogiou a iniciativa do casamento coletivo durante o Muda Manaus. “Eu acho muito boa (a iniciativa) porque é um momento único na vida de cada um de nós a decisão de nos casarmos, e, muitas vezes, a gente quer, mas a gente não tem oportunidade”.
Artene Lima e Ivaniny Meireles também trocaram alianças no Centro de Convivência Teonízia Lobo. Segundo eles, o coração bateu mais forte desde o momento em que se conheceram.
“Eu peço a Deus que a gente possa ter uma convivência muito boa de marido e mulher, respeitando um ao outro, e que a gente possa ser muito feliz”, declarou Artene. Apesar do nervosismo, a noiva não continha a felicidade: “É um grande sonho, e com a pessoa que o coração escolheu”, disse Ivaniny.
Cidadania – Para a titular da Seas, Márcia Sahdo, a oportunidade de formalizar a união civil também é importante para a garantia de direitos e cidadania. “O Centro da Família existe para isso. Ele existe na comunidade para poder a gente permitir que essas famílias tenham acesso a alguns direitos, e o direito ao casamento, a regularizar a situação civil, é algo importante pra família, permite também com que ela tenha acesso a outros direitos necessários para que elas vivam uma vida como qualquer cidadão”, disse ela.
De acordo com a secretária, a mobilização feita pela Seas para o casamento desta sexta-feira começou em agosto, com uma série de palestras e orientações sobre direitos civis, regimes de comunhão de bens, dentre outros temas. “Nós temos profissionais que fazem a articulação com as instituições para conseguir a documentação e aí a comunidade vem e aproveita o espaço pra fazer a festa, ter esse momento aqui com a família. Então, pra nós é fundamental, é importante termos profissionais fazendo esse trabalho com a comunidade também”.