O secretário também disse que os contágios estão “relacionados” ao sul da África, a partir de onde a variante do Sars-CoV-2 começou a se espalhar. Além da África do Sul, a Ômicron também já foi identificada na vizinha Botsuana, na Bélgica, em Hong Kong e em Israel.
Seis países africanos – África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue – já foram incluídos na lista vermelha de viagem do governo britânico, o que significa que pessoas provenientes desses territórios precisam cumprir quarentena de 10 dias na chegada.
O Reino Unido também vai colocar Angola, Moçambique, Malauí e Zâmbia na relação. Outros países, como a Itália, foram mais longe e proibiram a entrada de quaisquer pessoas que tenham transitado pelo sul da África nos 14 dias anteriores à viagem.
Nos Países Baixos, 61 indivíduos que chegaram em Amsterdã em dois voos provenientes da África do Sul testaram positivo para a Covid-19 e foram isolados em um hotel, mas ainda não se sabe se os casos estão ligados à variante Ômicron.
A África do Sul, por sua vez, já detectou mais de 2,8 mil contágios pela nova variante, mas reclamou das restrições de viagem. “Essa última onda de vetos equivale a punir a África do Sul por ter sequenciado as mutações e por sua capacidade de detectar novas variantes rapidamente. A excelência científica deveria ser aplaudida, não punida”, disse o governo.
A Ômicron reúne cerca de 50 mutações na proteína spike, espécie de coroa de espinhos que reveste o Sars-CoV-2 e é usada pelo vírus para atacar as células humanas. Como a maior parte das vacinas disponíveis se baseia nessa proteína, existe o temor de que a variante possa ser resistente aos imunizantes. .