Os restos mortais encontrados durantes as buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips devem chegar a Brasília na noite desta quinta-feira (16), em um avião. Eles estavam desaparecidos desde 5 de junho na região do Vale do Javari, na Amazônia.
Ontem à noite eles foram transportados até o porto de Atalaia do Norte, a 1.136 quilômetros de Manaus. Os restos mortais chegaram em sacos pretos por volta das 20h e foram conduzidos por agentes da Polícia Federal até uma caminhonete, depois transportados de helicóptero até o município de Tabatinga, de onde devem ser levados em outra aeronave até Brasília.
Na quarta-feira (15), o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Alexandre Fontes, afirmou que Amarildo da Costa Oliveira, vulgo “Pelado”, confessou ter assassinado Bruno e Dom. Os corpos foram localizados no local indicado por “Pelado”. Às 13h do horário desta quinta, o avião para em Vilhena (RO), abastece e segue para Brasília. O horário previsto para a chegada a Brasília é às 19h30.
Perícia
A perícia deve começar a ser feita na sexta-feira e deve ficar pronta na próxima semana. Pela avaliação dos investigadores, será possível realizar um teste de DNA para a identificação dos restos mortais.
Ainda nesta quinta, o resgate da embarcação utilizada por Dom Philips e Bruno Araújo Pereira deve começar às 09h30. Além de Amarildo, também está preso um irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, mas, segundo a PF, ele não confessou envolvimento no caso.
A participação no crime de uma terceira pessoa, citada por Amarildo, está sendo investigada e novas prisões não estão descartadas.
Reconstituição
Ainda segundo a PF, Amarildo fez a confissão na noite de terça, quando narrou em detalhes o crime. Durante o dia desta quarta, ele foi levado até o local onde enterrou os corpos. Ele também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom, mas a polícia só deve ir ao local nesta quinta-feira (16) para retirar a embarcação.
O restos mortais foram achados cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido encontrados dias atrás.(Portal Marcos Santos)
