A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) inaugurou, na sexta-feira (11/12), duas quadras poliesportivas do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), tornando a primeira unidade prisional de Manaus totalmente revitalizada com a mão de obra de 33 detentos inseridos no programa de ressocialização “Trabalhando a Liberdade”.
As obras tiveram início em 2019 e envolveram a realização de serviços hidráulicos, metalúrgicos, alvenaria, pintura, recuperação de celas e pavilhões, instalação de gaiolas de contenção, reforma da escola e das áreas de convivência, cobertura das quadras poliesportivas e construção do canil.
A reforma do sistema hidrossanitário do Ipat foi a prioridade das obras, recomendação de diversos órgãos de fiscalização. Com as depredações nos eventos de 2017, o sistema de esgoto estava seriamente danificado o que causava um grande mau cheiro em toda a unidade.
O secretário da Seap, coronel Vinícius Almeida, disse que no início do ano passado, quando assumiu a pasta, o Ipat estava numa situação calamitosa e contava com zero interno em projetos de ressocialização, uma triste realidade que o estado não podia admitir, pois não oferecia um mínimo de dignidade humana.
“De zero interno fazendo remição de pena quando assumimos a pasta, hoje temos 155. Desses, 55 recebem por meio do Fundo Penitenciário do Amazonas (Fupeam). E cada uma dessas pessoas que foram selecionadas para o trabalho, foi qualificada e mostrou que queria mudar. Essa mão de obra carcerária nos ajudou a ter uma redução de custo de 75% na revitalização de toda a unidade que estava numa situação calamitosa há pouco mais de um ano”, pontuou Almeida.
Durante a cerimônia, familiares dos reeducandos trabalhadores estavam presentes e a mãe de um deles fez um discurso motivacional a todos. “Eu quero dizer a vocês que tudo é possível quando temos Deus na nossa vida e eu creio que todos vocês são mais que vencedores. Eu sou muito grata pela oportunidade que estão dando ao meu filho e a todos os outros”.
O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Rômulo Garcia, enfatizou a diferença da condição da unidade prisional de 2018 para esse ano. “Eu estive aqui em 2019 participando de um mutirão jurídico e o Ipat não oferecia nenhuma condição de manter uma pessoa presa. Hoje, estar aqui, vendo que tudo mudou, toda essa transformação que aconteceu e o número de pessoas trabalhando é muito gratificante. É um sonho se tornando realidade”, comemorou o juiz.
FOTOS: Divulgação/Seap