Nesta segunda-feira (16), o rio Negro atingiu a marca de 13,59 metros, sendo a maior vazante da história de Manaus. O nível é o menor desde outubro de 2010, quando o rio bateu o recorde ao descer para 13,63 metros.
De acordo com a medição feita pelo Porto de Manaus, o Rio Negro baixou 32 centímetros entre sábado e hoje. As medidas do final de semana foram: menos 13 cm no sábado; menos 9 cm no domingo; menos 10 cm nesta segunda-feira.
Atualmente, 58 dos 62 municípios do Amazonas se encontram em estado de calamidade e/ou de emergência por conta da severa estiagem que assola o estado. A seca impacta na navegação, transporte, distribuição de alimentos, entre outros. Além disso, as altas temperaturas, comuns da época, são intensificadas pelo fenômeno El Niño, que já rendeu recordes de dias mais quentes do ano em Manaus.
As queimadas também impactam os municípios, deixando um rastro de desmatamento e destruição de áreas verdes. A fumaça decorrente das queimadas piora a qualidade do ar e traz inúmeros problemas de saúde para as pessoas.
Só na primeira quinzena de outubro, o Amazonas registrou 2929 focos de incêndio em seu território.
Em nota, o Governo do Amazonas afirma que adotou, desde janeiro de 2023, medidas para enfrentar e amenizar os impactos da estiagem e tem enviado ajuda humanitária como cestas básicas, kits de higiene, água potável, medicamentos, entre outras medidas, para as famílias afetadas pela estiagem no estado.
No dia 12 de setembro, o governador Wilson Lima assinou decreto de Situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus e apresentou o plano de ação estadual para a Operação Estiagem 2023. No dia 29 de setembro, o governador instituiu o Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental e também decretou situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa que atinge o estado.(Portal Marcos Santos)