Sala de monitoramento da SEMA é restabelecida para combater desmatamento ilegal e queimadas no Amazonas

Sala de monitoramento da SEMA é recuperada e monitoramento é restabelecido/Foto>Lucy Rocha/Sema

As ações de combate às queimadas e desmatamento ilegal no Amazonas foram adiantadas pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente para reforçar o enfrentamento efetivo de ilícitos ambientais. Na sexta-feira (17), a Sala de Situação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) foi restabelecida para auxiliar as equipes de campo do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) no combate aos crimes ambientais.

A Sala de Situação funciona como um centro integrado da Sema e Ipaam no monitoramento diário dos níveis dos rios, pluviométricos, bem como de desmatamento e queimadas. A sala precisou interromper as atividades presenciais por conta das medidas emergenciais para contenção do coronavírus e foi restabelecida seguindo os protocolos e orientações do Ministério da Saúde.

“O monitoramento dos alertas de desmatamento e queimadas estava sendo realizado remotamente pelas equipes da Sema, mas verificamos a necessidade de restabelecer a Sala de Situação para que possamos diminuir ainda mais o tempo de resposta e fazer a integração das ações com os outros órgãos de comando e controle envolvidos. Esta reunião estava prevista somente para o mês de maio, mas o aumento de desmatamento no primeiro trimestre do ano nos fez adiantar o nosso planejamento”, explicou o titular da Sema, Eduardo Taveira.

Além da reabertura da Sala de Situação, os representantes da Sema e Ipaam iniciaram as discussões do Plano Operativo de Combate às Queimadas, com o intuito de inibir as práticas criminosas no estado e proporcionar a regularização ambiental para os agricultores do setor primário que queiram se legalizar.

“Vamos atuar de maneira firme e rigorosa no combate às atividades ilegais. Queremos identificar quem causa os grandes impactos ambientais e dá prejuízos aos erários do estado, quem lava dinheiro de drogas ou vende madeira ilegal. Essas atividades não geram só problemas ambientais, mas também econômicos. Reflexo disso é que parte dos municípios campeões de desmatamento continua com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e permanecendo na pobreza”, destacou Taveira.

Sistema de fiscalização – A Sala de Situação opera por meio de um sistema moderno, com uma série de recursos e equipamentos sofisticados que permitem imagens de altíssima resolução, por meio dos quais é possível acompanhar também a previsão hidrológica e meteorológica em todo o estado.

Para diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, o investimento em equipamentos tecnológicos se mostrou muito efetivo no combate ao desmatamento. Em 2019, o Ipaam garantiu a economia de R$ 7,5 milhões aos cofres públicos, ao implantar uma tecnologia que permitiu a autuação de ilícitos ambientais de maneira remota, sem gastos com a logística de campo.

“Desde 2019 estamos investindo massivamente na aquisição de equipamento modernos. A fiscalização em campo, por exemplo, conta com tablets e mini-impressoras. Hoje, quando o fiscal percebe em campo o ilícito, lá mesmo ele lavra o auto, e o infrator recebe sua autuação na hora. Também temos um software de planejamento de fiscalização, que orienta a equipe com as coordenadas do crime ambiental, além de permitir contabilizar o número de pessoas, custos e logísticas de uma operação”, explicou Valente.