A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), através da Policlínica Codajás, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, promove no período de 7 a 11 de janeiro, uma semana de atendimentos e exames sem agendamento, para identificação de casos suspeitos de hanseníase, programação que faz parte das ações Susam alusivas ao Janeiro Roxo, mês de combate e conscientização contra a doença em todo o Brasil.
A programação, que inicia nesta segunda-feira, acontece das 07h00 às 17h00 e contará com palestras de médicos dermatologistas para esclarecer aos pacientes dúvidas sobre o diagnóstico e encaminhamento para exames e consultas.
Segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença infecciosa, não hereditária, e os sintomas incluem manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas e com perda de sensibilidade em qualquer parte do corpo.
A dermatologista Aline Grana faz um alerta sobre a prevenção. “É importante investigar quando o paciente apresenta uma lesão suspeita, que pode ser acompanhada com a perda de sensibilidade, bem como de pelos na área afetada. A doença, apesar de ter cura, pode provocar deformidades se o diagnóstico for tardio ou se não for adequadamente tratada”.
A Policlínica Codajás recebe pelo primeiro ano a semana alusiva ao Janeiro Roxo, resultado de uma parceria entre a Susam e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que contará com um efetivo de médicos e uma equipe de enfermagem capacitada para atender a demanda dos exames de pele e orientar os pacientes sobre os sinais.
Segundo a diretora da Policlínica Codajás, Shaira Castro do Vale, a unidade é habilitada para atuar no diagnóstico e tratamento da hanseníase. A proposta é intensificar o atendimento para casos suspeitos. “Às vezes a pessoa tem uma mancha, mas não consegue ir a uma consulta com o dermatologista ou com o clínico-geral. E nós estaremos de portas abertas para facilitar esse acesso. A hanseníase é uma doença que ainda não foi erradicada, e existem muitos registros aqui no Estado do Amazonas.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma cor diferente para identificar a campanha educativa em cada mês do ano, e definiu o roxo para janeiro. O Dia de Luta Contra a Hanseníase é comemorado no último domingo do mês e reforça o compromisso em controlar, oferecer o diagnóstico e o tratamento corretos, difundir informações e desfazer o preconceito. A doença é considerada a mais antiga da humanidade, tem cura, mas ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil.