O secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad, ressaltou que a vacina contra a Covid-19 é a principal medida de prevenção contra a nova variante identificada no país, a Deltacron. O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira (15/03), o registro de dois casos desta variante no Brasil, um no Pará e outro no Amapá, mas destacando que as autoridades sanitárias devem tranquilizar a população.
Esta variante possui carga viral que se origina, principalmente, da variante Ômicron, segundo o secretário Anoar Samad, por conta disto, o risco de que haja uma nova alça epidemiológica é considerado baixo. A Ômicron gerou aumento de casos da Covid-19 no início deste ano, mas mostrou menor número de internações devido ao avanço da vacinação.
“Deltacron! Chamamos esse tipo de vírus de vírus recombinante. Apesar de existir, pelo menos desde janeiro deste ano, ainda não demonstrou capacidade de crescer e de se tornar a variante dominante. O genoma deste vírus recombinante também sugere que não representaria uma nova fase da pandemia, pois o que codifica a proteína de superfície do vírus, conhecida como Spike, vem quase inteiramente da Ômicron. O resto do genoma é Delta”, iniciou o secretário.
O secretário completou explicando como a proteína Spike afeta o organismo humano; e que os anticorpos produzidos por infecções anteriores e pela vacinação são uma defesa importante contra ela.
“A proteína Spike é a parte mais importante no mecanismo de invadir as células do nosso corpo. É também o principal alvo dos anticorpos produzidos por meio de infecções e vacinas. Portanto, as defesas que as pessoas adquiriram contra a Ômicron por meio de infecções, vacinas ou ambos, devem funcionar muito bem contra essa nova variante recombinante”, completou Samad.
A diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, destaca que o surgimento de variante é algo que ocorre naturalmente na evolução de um vírus. “A Deltacron circula no continente europeu desde janeiro. Esclarecendo que, no início do ano, muitas pessoas foram infectadas pela Ômicron e adquiriram imunidade natural contra essa variante por um tempo”, afirma Tatyana.
Ainda segundo Tatyana, independentemente de variante e mesmo com a flexibilização do uso de máscara de proteção respiratória em ambientes abertos, por exemplo, é preciso que a população faça a adesão à campanha de vacinação contra a Covid-19.
“É importante salientar que a máscara permanece obrigatória em ambientes fechados. A responsabilidade é de todos nós, então é preciso que as pessoas com mais de 70 anos e quem tem comorbidades e doenças de imunossupressão usem máscara e mantenham a higiene das mãos”, acrescenta a diretora-presidente da FVS-RCP.
A SES-AM orienta a população para que mantenha os cuidados de prevenção à Covid-19, como o uso de máscaras em ambientes fechados, higiene das mãos, uso de álcool em gel e que estejam com o esquema vacinal em dia, buscando a aplicação da primeira, segunda e da dose de reforço da vacina contra a Covid-19.