Secretario de Saúde do AM reúne com terceirizados e diz que vai liberar recursos às empresas

Secretário Rodrigo Tobias e diz que vai pagar terceirizadas/Divulgação

O secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, recebeu os representantes dos trabalhadores das empresas prestadoras de serviços terceirizados, na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), hoje, terça-feira (07). O grupo de técnicos em enfermagem reclamou de questões trabalhistas que não estão sendo cumpridas pelas empresas, bem como atrasos no pagamento dos salários pelas mesmas.

A Susam esclarece que vem mantendo a regularidade dos pagamentos do ano corrente às empresas terceirizadas de mão de obra e que o desafio é garantir que o recurso chegue na mão dos trabalhadores. Segundo Tobias, há situações pontuais pendentes do último mês pago, devido a uma mudança na fonte dos pagamentos, mas que serão normalizadas. A Susam se comprometeu em realizar, até o dia 20 deste mês, o repasse das empresas que ainda não receberam a parcela pendente.

“Existem casos e casos, mas, de um modo geral, estamos pagando com regularidade, conforme nos comprometemos. Estamos com pendência nos processos para pagamento de algumas empresas, mas isto é pontual e já está sendo resolvido. E tem empresas que receberam, mas não pagaram os funcionários. E ainda as empresas que receberam e pagam seus funcionários corretamente. Temos que analisar caso a caso com vocês e ver de que forma pode ser resolvido”, disse o secretário.

De janeiro até agora, foram pagos cerca de R$ 41 milhões somente para as empresas ligadas ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Serviços de Saúde no Estado do Amazonas (Sindipriv), dos quais R$ 12 milhões são de Despesa de Exercício Anterior (DEA).

A presidente do Sindpriv, Graciete Mouzinho, pediu a retirada das empresas que não repassaram o pagamento dos terceirizados. Na reunião, Mouzinho ainda destacou problemas trabalhistas como o não cumprimento do piso salarial da categoria, que segundo a presidente, já foi levado ao conhecimento do Ministério Público do Trabalho.

Apesar de receber a Saúde com um rombo de R$ 2,1 bilhões (R$ 1 bilhão de déficit orçamentário e mais R$ 1,1 bilhão de dívidas herdadas), o secretário disse que o novo governo está priorizando a pasta, principalmente o pagamento das empresas que fornecem mão de obra para a rede de saúde do Estado.