O titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Jório Veiga, juntamente com o chefe da Consultoria Técnico-Legislativa da Casa Civil, Lourenço dos Santos Braga Júnior, reuniram-se na tarde de sábado (23/01), em modo virtual, com representantes das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) para esclarecer os principais pontos do novo decreto anunciado pelo Governo do Amazonas, estipulando horários diferenciados de funcionamento para empresas em meio a outras medidas para enfrentamento da pandemia de Covid-19.
A reunião, que durou mais de uma hora e meia, ocorreu por determinação do governador Wilson Lima, diante de um compromisso dele com o setor. O encontro on-line contou a participação de quase 300 representantes das indústrias de vários seguimentos e também com entidades e órgãos de setores relacionados, como a Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), entre outros.
Diante da ampliação de medidas restritivas anunciadas pelo Governo do Estado também neste sábado, o setor das indústrias deverá se organizar para funcionar em turnos de 12 horas. O novo decreto estabelece exceção para as indústrias que produzem alimentos, produtos farmacêuticos e hospitalares, que deverão funcionar normalmente.
“Essa é uma medida extremamente necessária e sabemos das particularidades de cada indústria, mas se trata de um sacrifício que precisamos fazer para tentar reduzir a taxa de infecção do novo coronavírus que assola a nossa cidade. A prioridade do Governo do Amazonas nesse momento é salvar vidas, porque nessa guerra que estamos vivendo, já perdemos algumas batalhas”, ressaltou o secretário Jório Veiga, ao enfatizar, várias vezes durante a reunião, a necessidade de se ponderar sobre o conceito do que é setor essencial para a vida humana.
Um dos principais articuladores de doações de oxigênio e outros insumos para a área da saúde para Manaus e interior do Amazonas, o presidente executivo da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Jorge Nascimento Júnior, elogiou a atitude da Sedecti em se colocar à disposição para ouvir as necessidades e tirar as dúvidas das empresas diante de novas medidas mais restritivas. Segundo ele, a “reunião foi considerada por todo o setor como sendo extremamente produtiva”.
“As indústrias do Polo entendem o cenário sanitário que o Amazonas hoje enfrenta como gravíssimo, e entendemos também que é importante colaborar ainda mais para que essa situação mude e a gente tenha um quadro mais positivo no que diz respeito à qualidade de vida no Amazonas. Diante disso, o intuito maior da reunião foi de buscar esclarecimento junto ao secretário Jório, da Sedecti, para que realmente, possamos, de forma plena, tomar todas as providências para o aumento ainda maior das ações de contenção da contaminação provocada pela Covid-19”, destacou o executivo da Eletros.
Para Jorge Júnior, todos os esclarecimentos feitos pela Sedecti e Casa Civil foram importantes para que as companhias possam se organizar e tomar as providências necessárias para seu funcionamento.
“O secretário Jório Veiga, assim como o doutor Lourenço Júnior, tiveram a maior paciência de nos detalhar o que o Governo pretende com essa nova restrição. Saímos cientes, atendidos e confortáveis para que possamos voltar agora para as nossas organizações e tomar as providências para o atendimento e a colaboração, como sociedade, para o enfrentamento dessa crise sanitária por que o Amazonas passa”, concluiu o representante do setor de eletroeletrônicos.
Decreto – O novo decreto governamental que amplia as medidas restritivas de enfrentamento ao avanço da Covid-19 no Amazonas foi publicado neste sábado (23/01) e passa a valer a partir da próxima segunda-feira (25/01) com vigência até o dia 31 de janeiro.
O documento publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), está disponível no portal da Imprensa Oficial do Estado do Amazonas (IOA) e detalha as novas medidas para a circulação de pessoas e funcionamento dos serviços considerados essenciais à vida.