Semana de grandes estreias no Cine Casarão com documentário de Henfil

Documentário Henfil, no Casarão/Arquivo

O documentário Henfil, de Angela Zoé; “Corpo Terapia”, de Márcia Paveck e o filme brasileiro “Tinta Bruta” fazem parte da programação do Cine Casarão,na rua Barroso, no Centro, e ingresssos populares, custando R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

“Henfil” estreia amanhã, às 16h30 e fica em cartaz na sexta-feira na sessão das 18h30 e no sábado também às 16h30. O documentário resgata a vida e obra do cartunista, jornalista e ativista brasileiro Henrique de Souza Filho, o Henfil. O longa foi filmado em película Super 8 com imagens íntimas e inéditas pelo próprio personagem ao longo de suas viagens, e que revelam aparições familiares como sua mãe Dona Maria e os irmãos Betinho, Chico Mário e Glorinha.

Tudo costurado com depoimentos de amigos que conviveram e trabalharam com ele e que falam sobre a maneira como o artista usou seus desenhos como um aparato para “driblar” a censura política e também como um recurso para lidar com sua saúde frágil, causada pela hemofilia, e expor sua inquietação criativa. Ao mesmo tempo em que resgata a vida e o trabalho do artista com depoimentos de pessoas que conviveram com ele, apresenta seu trabalho para a nova geração.

A segunda estreia é o “Tinta Bruta”, com estreia na quinta-feira, às 18h30 e exibição na sexta-feira, às 20h30; sábado às 20h30 e no domingo às 19h. O filme reatara a história de um jovem que faz performances eróticas na internet para fugir da solidão. Dirigido por Filipe Matzembacher e Marcio Reolon e ambientado em Porto Alegre, filme que estreia nesta quinta-feira (6) foi premiado no Festival de Berlim e venceu o Festival do Rio.

O jovem Pedro (Shico Menegat) vive um momento complicado, ele responde a um processo criminal ao mesmo tempo em que precisa lidar com a mudança da irmã, sua única amiga. Como forma de catarse, ele assume o codinome GarotoNeon e passa a se apresentar anonimamente na internet dançando nu na escuridão do seu quarto, coberto apenas por uma tinta fluorescente. Ele faz performances eróticas para anônimos que lhe retribuem com uns trocados e a sensação de, ali com o corpo pintado em cores fosforescentes, ser o dono do mundo.

No começo do ano, os diretores ganharam no Festival de Berlim os prêmios Teddy, como melhor filme querer (com temática LGBTQI+) entre todos os títulos em competição, e Cicae, entregue ao vencedor da mostra paralela Panorama pela associação de exibidores independentes da Europa. No mês passado, Tinta Bruta foi consagrado no Festival do Rio com quatro troféus de peso: melhor filme, roteiro, ator (Shico) e ator coadjuvante (Bruno Fernandes).

Autoconhecimento

A terceira estreia será do documentário brasileiro “O Corpo em Terapia”, que fala sobre questões de cura e autoconhecimento corporal, voltado para o bem-estar do público. Vencedor de diversos prêmios internacionais, o longa pode ser assistido nesta quinta-feira, às 20h30, sexta-feira 16h30, no sábado na sessão das 18h30 e no domingo às 17h.

Com direção de Márcia Paveck, o documentário apresenta três pacientes em um processo intensivo terapêutico. O filme documenta as evoluções de Roberta, Pedro e Tânia, em que o diálogo da razão com o corpo nos permite visualizar o resgate da dimensão da transcendência e o encontro com nós mesmos. O filme mostra a jornada de cura e autoconhecimento através da arte e consciência corporal, dispensando o uso de medicamentos. A superação de cada caso vem da força interna de cada um.