
A Polícia Federal deflagrou, na semana passada, uma operação para interromper o garimpo nas terras Yanomami.
Os garimpeiros que praticam a atividade ilegal na maior reserva indígena do país são parte de uma extensa cadeia de produção que envolve empresas com faturamento milionário, lavagem de dinheiro e o transporte para a região.
É o que detalha Ana Magalhães, jornalista especializada em direitos humanos e cadeias produtivas.
“Que mais lucra com esse crime são empresas que têm faturamentos milionários e elas não atuam sequer em Roraima. Elas têm a sede delas em bairros nobres da capital paulista e do Rio de Janeiro”, diz.
Em entrevista ao podcast O Assunto, a coordenadora da Repórter Brasil, que há anos investiga as conexões do garimpo ilegal no território Yanomami, explica como a logística por trás da atividade é financiada.
“A gente tá falando de um empresas que eu acho que a sociedade conhece pouco”, diz. “Elas são chamadas de distribuidora de valores imobiliários. São empresas do sistema financeiro, elas são reveladas pelo Banco Central e são as únicas empresas autorizadas a comprarem ouro em território nacional e elas são muito pouco investigadas.”(G1)