Visitando o Amazonas pela primeira vez, o embaixador internacional do Instituto de Tecnologia de Israel (Technion), Ricardo Lomaski, conheceu, na manhã desta segunda-feira (23), toda a estrutura institucional da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e, também, as ações que são desenvolvidas pelo Samsung Ocean Center /UEA. O objetivo da visita foi discutir a consolidação de parceria por meio de acordo de cooperação técnica entre as instituições.
Na oportunidade, o reitor da UEA, Cleinaldo de Almeida Costa, destacou que a ideia é promover a troca de experiências entre professores e pesquisadores, em especial da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA/UEA) e do Ocean, em um possível summer courses (curso de verão), em Israel e no Brasil.
“Nesse cenário de novas tecnologias e o empreendedorismo que foi apresentado hoje pela Technion, é interessante envolver a nossa Escola de Saúde e o Ocean. A ideia é colocar virtualmente professores e empreendedores em cenário de summer courses. Há um desejo muito grande para que ocorra esse tipo de atividades aqui, na UEA. Iremos planejar essa questão para que, em 30 ou 60 dias, possamos trabalhar a consolidação de um acordo de cooperação técnica geral”, revelou Cleinaldo.
Após a reunião, o embaixador da Technion, Ricardo Lomaski, disse que existe um interesse muito grande da instituição em viabilizar essa parceria. Ele enfatizou ainda que essa iniciativa das instituições fomentaria uma relação mais próxima entre Israel e o Brasil.
“Foi um prazer enorme conhecer e apresentar para a UEA e para o Ocean propostas sobre parcerias com instituições de Israel que tenham foco de empreendedorismo e inovação. Seria muito interessante se tivéssemos esse intercâmbio de alunos e professores. Isso ajudaria no desenvolvimento de tecnologias aqui, na região, além de deixar o Brasil e Israel mais próximos”, salientou.
Por fim, o diretor do Samsung Ocean Manaus, Silvio Marques, pontuou a importância dessa integração da universidade com os professores, empreendedores, empresas e com as instituições de pesquisa de Israel para agregar novos conhecimentos e projetos ao Ocean e UEA.
“O nosso caminho de capacitação e empreendedorismo está muito alinhado com o que foi apresentado pelo embaixador da Technion. Vendo todo esse cenário, percebemos que estamos no caminho certo de tentar fazer algo semelhante ao que é feito pelas instituições internacionais. Vamos tentar realizar essas propostas aqui, no Ocean, assim como a gestão da UEA fará em suas escolas”, disse Silvio.
Sobre o Technion – O Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) é consistentemente classificado como uma das melhores universidades de pesquisa de ciência e tecnologia do mundo. Desde sua fundação, em 1912, o instituto educou gerações de engenheiros, arquitetos e cientistas que desempenharam um papel fundamental na construção da infraestrutura do Estado de Israel e no estabelecimento de suas indústrias cruciais de alta tecnologia. Começando com 17 alunos, o Technion tem sido a principal fonte de mão de obra tecnológica de Israel e o maior centro acadêmico abrangente do país para educação avançada em ciência e tecnologia, bem como pesquisa aplicada. Além disso, o Technion é um dos poucos institutos de tecnologia do mundo com uma faculdade de medicina afiliada.
O Technion possui 18 departamentos acadêmicos em engenharia, ciências naturais, medicina e arquitetura, além de 60 centros de pesquisa. Os alunos podem escolher entre cerca de 50 programas acadêmicos de graduação e 82 programas de pós-graduação. Os graduados do Technion exercem habilidades únicas para a inovação que ajudam a conceber e consolidar o moderno Estado de Israel – comumente conhecido como a “Nação Start-up”.
Entre os campos pioneiros nos quais o Technion alcançou reconhecimento internacional estão medicina regenerativa e pesquisa de células-tronco, engenharia de tecidos, aeroespacial, microeletrônica, comunicações, ciência da computação, supercondutividade e fibra óptica.
Vale destacar que os alunos estrangeiros não apenas obtêm uma educação de nível mundial, mas também podem atuar como embaixadores da boa vontade do Technion e de Israel quando retornam aos seus países de origem.