Vale a pena correr – Por Nicolau Libório

Artigos: Dr, NICOLAU LIBORIO (AM)

As corridas de rua em Manaus têm dado o que falar. Felizmente os comentários positivos, nas redes sociais, têm sido de aprovação e de incentivo, superando de forma considerável as opiniões de um inexpressivo grupo de críticos. As inconsistentes reclamações devem ser ignoradas. O frágil argumento de que as corridas atrapalham a circulação de veículos é pura conversa fiada. Quem atrapalha e compromete o trânsito são os bêbados, os sujeitos que encontram prazer no uso de drogas, os imprudentes que saem das baladas com o propósito de virar pilotos de Fórmula 1. Portanto, para ser objetivo, tenho convicção que as pessoas de bem e de bons costumes são plenamente favoráveis, porque sabem que o esporte é uma atividade salutar.

As corridas, além de proporcionarem uma agradável recreação, oferecem inúmeros benefícios para a saúde física e mental, derruba a ansiedade, reduzem a gordura com a queima de calorias, fortalecem os músculos, melhoram o sistema cardiovascular e pulmonar, previnem doenças, só trazem resultados saudáveis.

As corridas em Manaus têm conseguido reunir gente das mais diversas idades e classes sociais, pois além de ser um ato de confraternização, é uma modalidade do esporte verdadeiramente democrática, porque qualquer pessoa pode participar. Basta que tenha disposição e interesse de começar. E, para começar, é necessário que aconteça o primeiro passo.

Além de oferecer benefícios ao corpo e a mente dos participantes, as corridas têm oferecido grande contribuição ao mercado de trabalho. Vejamos: a organização de um evento exige planejamento, organização e uma equipe eficiente e disposta a cumprir uma difícil e exaustiva tarefa. O trabalho começa com as inscrições que, em certas ocasiões, já superam milhares de participantes. A segunda etapa consiste na entrega de kits na véspera e pela entrega de medalhas pós-prova. Não podemos esquecer dos demarcadores de percurso com a colocação de cones, dos cronometristas, dos fotógrafos, dos músicos, locutores – animadores, DJs,

professores de educação física (que fazem o “esquenta”), dos fornecedores de camisetas e medalhas, enfim, muita gente trabalhando e ganhando o sagrado pão de cada dia. Fica demonstrado, portanto, que as corridas estão contribuindo de forma considerável para a criação de emprego e renda.

Até aqui escrevi sobre as corridas de Manaus, promovidas ou patrocinadas por conceituadas empresas e importantes instituições. O que significa dizer que o assunto merece respeito e apoio. A Maratona Internacional de Manaus, corrida da Bemol, corrida do Ministério Público, corrida da Infantaria, corrida Santos Dumont, corrida do Fogo, corrida Tales Miguel, corrida TV Lar, corrida da Polícia Militar, corrida da Samel, são algumas das muitas atrações do calendário.

E, se os empresários aderem, é sinal de que é negócio investir nessa novidade que chegou para ficar. O Brasil inteiro já aderiu e entrou na forte onda esportiva que está envolvendo gente que gosta de se divertir e tem apreço pela saúde. Manaus está evoluindo, está com fisionomia de cidade grande, está começando a surfar nessa salutar onda. Vale lembrar que além de tantos eventos que preenchem o vasto calendário nacional, teremos no último dia do ano, nas principais avenidas de São Paulo, mais uma edição da São Silvestre, com um percurso de 15 quilômetros, com a participação de mais de 30 mil participantes, reunindo atletas profissionais e muita gente do povo. A corrida criada pelo jornalista Cásper Líbero vem desafiando o tempo, tornando-se um marco esportivo-cultural.(Nicolau Libório é Procurador de Justiça aposentado, Ex-Delegado de Polícia, Jornalista e Radialista) – 18.09.25