O vereador Fransuá (PV) apresentou à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Manaus (CMM) o Projeto de Lei (PL) 134/2020, proibindo a realização de sepultamentos em covas coletivas nos cemitérios de Manaus. O projeto foi deliberado e encaminhado para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
O vereador conta que recebeu informações de famílias de pessoas que testemunharam o sepultamento coletivo de seus familiares nos cemitérios administrados pela Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp). As regras para realização de velórios de vítimas do coronavírus, descritas em Decreto assinado pelo Prefeito de Manaus, Arthur Neto, também causaram consternação, tristeza e revolta nos familiares.
Para Fransuá os rituais de despedida oficializam a realidade da perda e auxiliam na vivencia do luto de quem ficou. “O funeral precisa ser valorizado, pois é a última vez que se vê o corpo da pessoa querida e talvez a última oportunidade de expressar publicamente o respeito e o amor por aquela vida que se foi”, destaca.
Para o vice-presidente do Diretório Municipal do Partido Verde em Manaus, vereador Fransuá, no funeral a dor é de todos, o choro é livre e a presença de familiares e amigos aquece a alma. “A cerimônia e os seus símbolos assumem o papel das palavras que não saem, dos sentimentos que não se consegue traduzir, além de oferecer acolhimento, ajudam na construção de significados em relação a perda do familiar”, explica.
Diante do exposto, o vereador apresentou o PL, propondo que todas essas particularidades sejam levadas em consideração e as famílias não tenham sua dor aumentada, devido às ações do poder público. “Hoje as famílias que perdem seus entes queridos, não tem mais essa despedida digna garantida, e além de serem impedidos de dar um enterro digno, ainda estão vendo as pessoas que amam sendo enterrada em covas coletivas”, observa o parlamentar.