“Teremos um estudo guiado pelo HUGV [Hospital Universitário Getúlio Vargas], junto com outros profissionais, para resolvermos em breve os problemas dos pacientes ostomizados. Até o momento, é o que podemos adiantar”. A afirmação é do vereador Fred Mota (PR), após uma reunião na manhã de sexta-feira (15), na sede da Secretaria de Estado de Saúde, com a presença do titular da pasta e vice-governador, Carlos Alberto Almeida.
Também participaram da reunião o presidente da Associação dos Ostomizados do Estado do Amazonas (Aoeam), Mauro Coelho; o defensor público Arlindo Gonçalves, que acompanha o caso; o superintendente do HUGV, Júlio Mário de Melo, e o presidente da Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), João Alves; além de pacientes ostomizados e técnicos da secretaria.
De acordo com o vereador, o vice-governador demonstrou sensibilidade em resolver o problema das bolsas de colostomia, denunciado por Fred Mota na sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM) do dia 20 de fevereiro. Na ocasião, o parlamentar afirmou que mais de 1000 pacientes só na capital amazonense precisavam da renovação das bolsas.
“O que podemos adiantar é que em breve, teremos novidades para todos os pacientes que precisam usar bolsas de colostomia diariamente. Foram mais de três horas de reunião, onde nós discutimos inúmeras alternativas para a solução desse problema”, destacou.
O problema
A situação dos colostomizados, tanto em Manaus como no estado do Amazonas, já foi tema de audiência pública na CMM em 16 de agosto de 2018, por iniciativa de Fred Mota. Na época, a recomendação do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) era que o governo do Amazonas realizasse nova licitação para a compra das bolsas, o que deixou os pacientes ostomizados receosos sobre a qualidade do material a ser adquirido.
Durante a audiência, o defensor público Arlindo Gonçalves informou que apenas uma marca de bolsa de colostomia se adequava à realidade da região Norte do Brasil, de acordo com um estudo realizado em 2006. As outras marcas então consideradas para compra não se adaptavam, trazendo problemas e constrangimentos para os usuários.
“Um dos receios dos pacientes é que, na licitação, se esqueça do ponto qualidade e se pense na economia. A maioria dos usuários da bolsa de colostomia já conhece outras marcas. Se for para abrir um processo licitatório, ótimo, mas que exista um critério mínimo de qualidade”, comentou Gonçalves, à época.