Casos de malária em Manaus têm redução de 15,3%, destaca titular da Semsa

Secretária Shadia Fraxe(SEMSA), fala sobre ações da município/Fotos -Camila Batista / Sem

Entre janeiro e outubro de 2021, Manaus registrou 3.669 casos de malária, representando uma redução de 15,3%, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve a notificação de 4.310 casos. Durante o encerramento da programação alusiva ao Dia da Malária nas Américas(06/11), no Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, bairro Cidade Nova, a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destacou que a redução é resultado do esforço da Prefeitura de Manaus nas ações de prevenção, Educação em Saúde e controle do mosquito Anopheles, vetor de transmissão da doença.

“As ações são realizadas o ano todo, com monitoramento permanente de casos suspeitos e das áreas de risco, com oferta de exames, acompanhamento médico, dispensação de medicamentos e as ações de controle vetorial, além do trabalho das equipes de Educação em Saúde que atuam nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural, orientando a população sobre as medidas de proteção. E a Semsa vem mantendo esse trabalho buscando reduzir os casos ano a ano para que, assim, seja possível até erradicar a doença ou reduzir ao máximo os casos”, ressaltou Shádia Fraxe.

O evento do Dia da Malária nas Américas é realizado pelo Ministério da Saúde e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP/AM), e teve a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele lembrou em pronunciamento que a malária é um problema secular, ligado diretamente às condições socioeconômicas e que no Brasil tem sido enfrentado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Com o apoio de todos vamos erradicar a malária de uma vez por todas do nosso país. Podemos evoluir de maneira sustentável nesse objetivo, através da educação das nossas crianças por exemplo, do investimento em ciência e tecnologia para propiciar um diagnóstico precoce e medidas terapêuticas adequadas, também nas ações de vigilância em saúde para reduzir o vetor que transmite a malária. Enfim, temos o diagnóstico desse problema e tenho certeza de que com o apoio do governo do Estado do Amazonas, da Prefeitura de Manaus e dos outros municípios, vamos controlar a malária na região amazônica”, afirmou o ministro.

Ações

Para reduzir casos de malária, as equipes de saúde da Semsa focam o trabalho no diagnóstico precoce e tratamento em tempo oportuno; na busca ativa de casos em domicílio para diagnóstico precoce nas áreas de transmissão ativa; e Controle Vetorial com tratamento químico nas áreas de transmissão e biológico no caso de possíveis criadouros com biolarvicida; aspersão espacial com utilização de inseticidas visando a eliminação do vetor infectado; e reposição e monitoramento de mosquiteiros impregnados com substância específica de longa duração em localidades da área rural com maior transmissão da doença.

Educação em Saúde

A programação em referência ao Dia da Malária nas Américas, organizada pela Semsa em Manaus, foi iniciada na quarta-feira, 3/11, com atividades de Educação em Saúde, distribuição de material informativo e exposição lúdicas, em locais como o Porto de Manaus, localizado no Centro; na Marina do Davi, no bairro Ponta Negra; na barreira da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), no bairro Lago Azul; na comunidade Parque das Tribos, no bairro Tarumã, e; na Associação dos Moradores da comunidade Nassau, no bairro Colônia Antônio Aleixo.

“O objetivo foi alertar a população sobre as formas de prevenção e sintomas da doença, orientando sobre a importância da realização de exames para o tratamento precoce. Mas a Semsa realiza ações de Educação em Saúde durante todo o ano, na área urbana e rural, direcionadas de forma mais específica para as localidades consideradas de maior vulnerabilidade para transmissão da doença e para população que é mais exposta”, informou a chefe do Setor de Educação em Saúde e Mobilização Social da Semsa, enfermeira Lilian Zacarias.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do tipo plasmodium, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Além de febre alta, o paciente pode apresentar sintomas como calafrios, tremores, sudorese (suor excessivo) e dor de cabeça, e em alguns casos podem surgir náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Ao apresentar sintomas da doença, o paciente deve procurar uma das unidades de saúde ou laboratório de referência para atendimento de casos suspeitos de malária. Atualmente, o município de Manaus conta com 109 unidades ativas, estaduais e municipais, que realizam os exames e a notificação de casos de malária. A lista com o endereço das unidades municipais pode ser acessada no site da Semsa (semsa.manaus.am.gov.br).