O Ministério da Justiça, para onde o presidente eleito Jair Bolsonaro quer levar o juiz Sérgio Moro, será novamente fortalecido, de acordo com o desenho administrativo definido para o futuro governo, cuja pasta terá a responsabilidade de cuidar, também, da Segurança Pública, área considerada fundamental na administração Bolsonaro.
Assim, se o juiz aceitar o cargo, passará a comandar também a Polícia Federal, hoje subordinada ao recém-criado Ministério da Segurança Pública. Uma das ideias é que a pasta também incorpore órgãos afins, como Transparência, Controladoria-Geral da União e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
Moro e Bolsonaro devem se encontrar nesta quinta-feira, 1, no Rio de Janeiro. Conforme antecipou a coluna de Sonia Racy, o juiz deve aceitar o convite. O presidente eleito já disse que pretende indicar o juiz para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa, porém, é de que essa indicação só possa ser feita a partir de 2020, quando o ministro Celso de Mello completa 75 anos e deverá se aposentar compulsoriamente.
Equipe de Bolsonaro confirma ao menos 15 ministérios
Com as fusões confirmadas na reunião dessa terça-feira, 30, a equipe de Bolsonaro definiu que o novo governo terá de 15 a 17 ministérios. O governo Temer conta, hoje, com 29 pastas. Além do superministério da Economia – que englobará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio -, e da fusão das pastas da Agricultura e do Meio Ambiente, a Casa Civil de Bolsonaro deverá incluir a Secretaria de Governo.