Administração enxuta, eficiente, com secretarias integradas e metas a cumprir. Em resumo, essa é essência do projeto de modernização da administração que o Governo do Amazonas está construindo, e que se materializará com a reforma administrativa, destacou o vice-governador e chefe da Casa Civil, Carlos Almeida, durante a 50ª reunião do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), realizado ontem, quinta-feira (25), em Brasília. Desde a fase de transição, o MBC vem trabalhando com o governador Wilson Lima na concepção de uma nova forma de administrar.
Com a coordenação do empresário Jorge Gerdau, o encontro foi aberto pelo ministro-chefe da Casa Civil do Governo Federal, Onyx Lorenzoni, que fez um panorama sobre os 100 dias do Governo e projetos prioritários. O ministro ressaltou a necessidade do País realizar reformas estruturantes, como da Previdência e Tributária, para voltar a crescer.
O vice-governador Carlos Almeida defende que a reforma administrativa é necessária – a previsão é que ela seja concluída neste semestre, não só pela atual conjuntura de dificuldades financeiras, mas para que o Amazonas inaugure uma nova fase de desenvolvimento econômico e social. “Defendemos a Zona Franca e seu fortalecimento, mas em paralelo vamos explorar nossa potencialidades”. No campo administrativo, ressalta, o corte de gastos em secretarias, regularização de contratos, parcerias com a iniciativa privada para a gestão de serviços como na Saúde estão em andamento e já mostram resultados.
Em pouco mais de três meses, o governo Wilson Lima economizou R$ 80 milhões com a adoção de tais medidas. Na Saúde, por exemplo, a decisão pela administração privada do complexo da Zona Norte, que compreende o Hospital Delphina Aziz e a UPA Campos Sales, está ampliando o atendimento à população e gerando uma economia de cerca de R$ 2 milhões por mês ao Estado.
No campo do desenvolvimento econômico, aponta Carlos Almeida, há projetos como o do Parque Tecnológico da UEA, reaproveitando as obras abandonas da Cidade Universitária, e a busca de parceiros para a exploração de riquezas naturais proporcionará o desenvolvimento de atividades ainda pouco exploradas: indústrias pesqueira e naval e na área mineral. Atualmente, investidores estão se estruturando para explorar, por exemplo, a silvinita, e novas reservas de gás natural, vizinhas ao complexo de petróleo e gás de Urucu.
Reformas estruturantes – No encontro do MBC, o ministro Lorenzoni defendeu que a reforma previdenciária estancará o rombo de R$ 50 bilhões anual nas contas públicas, sem tirar direitos. “Além disso, vamos desburocratizar, simplificar para facilitar a vida do cidadão. Com menos peso do Estado nas costas do cidadão, vamos ser um País de empreendedores”, destacou.
O secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, que abordou o tema “Transformação Digital no Governo”, disse que a meta é, em dois anos, transformar cerca de 1 mil serviços presenciais em digitais.
MBC – O Movimento Brasil Competitivo (MBC) foi fundado em 2001, partir de iniciativas que buscavam avanços sociais e econômicos para o País, como base na gestão pública inovadora e eficiente.
Na prática, o MBC aproxima os setores público e privado, investe na cultura de governança, promove a gestão de excelência com o objetivo de ampliar a competitividade nacional, o aumento da capacidade de investimento do Estado e a melhora dos serviços públicos essenciais. E nesse sentido, a Instituição presta consultoria ao Estado na elaboração do plano de governo para todo o atual mandato.