Associação de mulheres vítimas de violência ampliará atendimentos em Iranduba

Foto: Assessoria

A partir deste mês, crianças e adolescentes em idade escolar e com dificuldade de aprendizagem receberão aulas complementares gratuitas na Associação de Mulheres Jasmim, no município de Iranduba, a 70 quilômetros de Manaus. Elas são filhas das mulheres atendidas pela instituição filantrópica que não têm condições de pagar professores extraclasse.

O projeto ‘Educar para o Futuro’ atenderá até 20 estudantes por turno e funcionará na sede da associação, em uma sala revitalizada por uma ampla reforma estrutural e que recebeu novos móveis e carteiras doados pela empresa Norte Ambiental.

“Em um país como o nosso, com tantas desigualdades, não podemos fechar os olhos para questões cruciais como uma infância segura. Por isso, estamos dando nossa contribuição para o projeto Educar para o Futuro”, explica o vice-presidente do Grupo Bringel, Sergio Bringel.

Acolhimento

“Esse projeto é de suma importância porque as mães vêm para a associação fazer cursos e ainda precisam trabalhar. Por isso, falta tempo e condições pessoais para ajudar os filhos com os assuntos da escola”, destacou Cacilda Viana, representante da Associação de Mulheres Jasmim.

Além do aprendizado, Cacilda destaca que as aulas e atividades educativas que serão realizadas no novo espaço irão contribuir para a melhoria das condições psicológicas das crianças e adolescentes que vivem em lares com violência doméstica em Iranduba

“Sabemos que a violência contra a mulher pode afetar o desempenho escolar dos filhos, pois eles podem ter dificuldades em concentração ou em lidar com o stress. Por isso, mudar essa realidade é um compromisso de toda a sociedade”, completa Sergio Bringel.

A Associação de Mulheres Jasmim existe há 12 anos e já atendeu 20 mil mulheres em Iranduba oferecendo cursos profissionalizantes e de empreendedorismo. A missão da entidade é oferecer condições práticas para que as mulheres em situação de violência familiar possam sair da dependência financeira de seus companheiros e, dessa forma, romper com o ciclo de submissão e agressões.(Press)