Banco Central bloqueia R$ 8,2 milhões das contas de Temer por determinação de Bretas

O Banco Central bloqueou de R$ 8.239.935,56 das contas bancárias do ex-presidente Michel Temer. A determinação foi feita pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal do Rio, o mesmo que mandou prender o emedebista na semana passada.

Temer é investigado na Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato que investiga possíveis irregularidades em contratos para a construção da usina nuclear de Angra 3. Ele e os demais acusados de liderarem o esquema conseguiram habeas corpus após decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

No mesmo despacho em que pediu a prisão do ex-presidente e dos demais acusados, Bretas determinou o bloqueio de R$ 62.595.537,32 das contas do emedebista. No entanto, os três saldos bancários do emedebista somavam pouco mais de 10% do valor.

Em uma de suas contas, Michel Temer tinha saldo de R$ 8.234.231,17, em outra, R$ 4.905,31 e na última, R$ 799,08. Os valores foram bloqueados pelo Banco Central . Também foram confiscados R$ 491.889,14 da conta da Tabapuã Investimentos e Participações, empresa controlada pelo ex-presidente.
Entenda a prisão de Michel Temer

Na manhã da última quinta-feira (21), a força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro prendeu o ex-presidente quando ele saia de sua casa . O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Marcelo Bretas , da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, ele é o “líder de uma organização criminosa” e que se valeu de duas décadas atuando em cargos públicos para “transformar os mais diversos braços do Estado brasileiro em uma máquina de arrecadação de propinas”.

As afirmações constam do pedido de prisão preventiva do ex-presidente e de mais sete pessoas (outras duas foram alvos de prisão temporária). A prisão de Michel Temer tem relação com irregularidades em contratos para a construção da usina nuclear de Angra 3. Segundo as investigações, o esquema criminoso envolvia pagamentos (alguns desviados, outros efetuados, e mais outros prometidos) que superam R$ 1,8 bilhão.(iG)