Careiro da Várzea improvisa port; DNIT anuncia liberação de um novo

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Usuários da travessia Ceasa-Careiro da Várzea, rumo à rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho), tiveram que improvisar uma passarela de madeira como porto de embarque e desembarque. Eles estão revoltados porque ao lado, uma balsa pintada e com passarela confortável, ficou abandonado e sem uso. “Todo dia vem um monte de gente lavar e empurrar esse porto. Vem uns de capacete branco (engenheiros), que ficam supervisionando, e outros que estudaram menos (braçais) e caem na água para empurrar”, desabafa Joelson Pereira, um dos canoeiros que trabalham na travessia.

O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Afonso Lins, afirma que a nova estrutura foi liberada. “Mandamos ofício para a empresa autorizando a liberação. Toda vez que seca, essa balsa dá problema porque a passarela é muito curta. Agora nós construímos fingers, que são pontos de atracação para as embarcações menores da travessia”, anuncia. “Acabei de confirmar que o porto já está em funcionamento”, enfatiza.

O embarque e desembarque no lado de Manaus, no porto da Ceasa, também improvisa uma pequena passarela de madeira, até a balsa onde atracam os canoeiros. Somente a parte utilizada pelas balsas da travessia, que levam os carros, é em concreto, utilizando pranchas metálicas das embarcações como acesso.

Um dos momentos mais dramáticos – e que demonstra solidariedade, em momento de crise – ocorreu quando um grupo de usuários se uniu para arrastar a pesada passarela de madeira, no Careiro. “Pessoas idosas e com dificuldade de locomoção têm que se equilibrar para chegar à terra. É um sufoco visitar amigos e familiares ou voltar de compras ou médico em Manaus. Sem contar o risco de cobra. Outro dia tive que matar uma surucucu (venenosa) aí”, diz Joelson.

Banheiros

O porto de embarque e desembarque no Careiro da Várzea possui uma moderna estrutura, construída há muitos anos pelo DNIT, que agora estará aberta aos usuários da travessia. “Havia problema de vandalismo, mas contratamos uma empresa de segurança e isso está resolvido. Também verificamos a questão do tratamento de esgoto e todos podem usar os banheiros”, revela Afonso Lins. “E também fizemos convênio com Polícia Civil e há um posto deles no porto, com autorização nossa”. O porto da Ceasa é administrado pela Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH).(Portal Marcos Santos)