O quarto dia do julgamento de Ivan Rodrigues Chagas, acusado da morte de Jerusa Helena Torres Nakamine, em abril de 2018, na Ação Penal n.º 0624832-33.2018.8.04.0001, iniciou na manhã deste domingo, 5/12, com o interrogatório do réu, no Plenário do Júri do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, Zona Sul de Manaus.
Por volta das 9h, a juíza Ana Paula Braga retomou a sessão de julgamento, mas logo nos primeiros momentos o advogado pediu a palavra e informou à juiza que o réu não responderia às perguntas do Ministério Público do Estado (MPE/AM) e nem do assistente de Acusação. A Defesa alertou que convocaria o art. 15, da Lei de Abuso de Autoridade, caso o MPE e a assistência da Acusação insistissem em interrogar o réu, que se limitou a responder as perguntas da juíza e da Defesa.
O relato do réu iniciou a partir do dia anterior ao crime, 11 de abril de 2018. Meia hora depois, familiares da vítima começaram a deixar o plenário tomados pela emoção. Uma das primas da vítima precisou ser atendida pelo Serviço Médico do Tribunal de Justiça, com a pressão arterial alta, sendo encaminhada para o Pronto Socorro. Por volta das 10h, a juíza Ana Paula iniciou a inquirição do réu. Após ser perguntado se ainda mantém contato com uma das fillhas que não vive em Manaus, o réu caiu em prantos sem responder à juiza, que determinou um breve intervalo.
No retorno, prosseguiram os questionamentos ao réu sobre a relação com as filhas, com a vítima e sobre o relacionamento extraconjugal que manteve durante o casamento com Jerusa, além de questionar sobre a situação financeira do réu. Logo depois, a Defesa iniciou a inquirição do réu, que foi perguntado sobre vários pontos de sua vida, sendo solicitado que ele próprio inciasse o relato. Ele chegou a pedir perdão pelo que fez, afirmando que não estava em seu normal. O interrogatório do réu ainda continua. No momento, não há previsão para o encerramento do julgamento.