DOUTORA BRUNA VALOIS – Por Felix Valois

Advogado Felix Valois(AM)

Nossa primeira neta, a Bruninha, se formou em medicina. Além da alegria e do orgulho, ainda recebemos um prêmio adicional, para encher completamente os corações de júbilo. É que ela nos enviou o que chamou de “Carta de agradecimento”. É manifestação de pura ternura. Transcrevo-a abaixo, na íntegra, para compartilhar com os amigos esse manancial de felicidade que se derramou sobre nós. Eis aí: “Vovô e vovó, hoje eu encerro um ciclo. Finalmente me torno médica e não teria como não agradecer especialmente a vocês por essa conquista. Desde o início vocês me apoiaram e almejaram junto comigo este diploma. Obrigada por estarem comigo desde que nasci, me dando muito amor e carinho. Sem vocês eu não teria metade das minhas lembranças de infância, que foi tão feliz e amada. Posso não ser mais aquela Bubu que diz “ivovo” e “baiaco”, mas serei sempre a Bubu que os ama com todo o meu coração. Que privilégio eu tenho de ter crescido com avós tão maravilhosos. E, principalmente, de ser a primeira que, com muita alegria, inaugurou com vocês o amor incondicional entre avós e neta. Hoje finalmente darei a vocês o orgulho que há tanto tempo espero dar. E, acreditem, ainda darei muito mais. Vovô, a primeira receita é sua, mas você ainda me verá carimbando milhares. Vovó, sei que sempre terei seu abraço nas adversidades que encontrar. Obrigada por tudo, eu os amo muito e os quero para sempre comemorando nossas vitórias. Com amor, Bubu”.

É por essas e outras que se formam os “avós babões”. Não há como não se render diante de tanta magnanimidade partida de uma criança que vimos nascer e crescer, sempre demonstrando um espírito gentil e fraterno.

Agora, Bruninha vai à luta profissional num país que enfrenta a fome e a desnutrição. Não é pouco. Muito pelo contrário, trata-se de um desafio gigantesco para aqueles que, aprendendo a arte de curar, muitas vezes não a podem exercer na sua plenitude porque lhes faltam os elementos primários para tão sublime mister.

A vida de um médico não há de resumir em consultar e receitar. Não, longe disso. É indispensável uma consciência social que o ponha em contato com a realidade em que vive, sabendo que o paciente, antes de ser alguém que apresenta sintomas de alguma patologia, é, sobretudo, um ser humano. Nessa qualidade, a ele se deve todo o respeito possível, independente da consideração de qualquer outro fator.

Não é tarefa fácil. Muito difícil, alias, a exigir do profissional uma dedicação que se coloca muita acima dos deveres triviais.

Vejo, na nossa querida Bruninha, todas as qualidades para levar adiante, e bem, missão de tamanha relevância.

Da nossa parte, estaremos dedicando o tempo que nos resta para acompanhar sua caminhada. Aplaudiremos em cada êxito alcançado e estaremos sempre prontos para o abraço amoroso que se há de seguir a cada conquista.

Vá em frente, querida Bubu. Nosso país precisa de médicos como você, até para deixar bem assentada a verdade de que uma carreira brilhante se constrói com ternura e dedicação. Nunca, com ódio. Este deve ficar reservado para os eternos insatisfeitos, que não se conformam com os valores elementares da vida.

Mais uma vez, parabéns, doutora Bruna. A medicina a recebe de braços abertos. (Felix Valois é Advogado, Professor, Escritor e Poeta [email protected])

Obs. Coluna publicada, excepcionalmente,  neste domingo(11)