Durante confronto com polícia no Puraquequara, Bileno, traficante e pistoleiro perigoso, é morto

Foto: Divulgação

O traficante Lenon Oliveira do Carmo, de 41 anos, conhecido como “Bileno“, morreu na madrugada deste domingo (10), durante uma intervenção policial no bairro Puraquequara, na zona Leste de Manaus.

Segundo informações preliminares, o traficante estava com um comparsa em um sítio na estrada do Puraquequara quando entraram em confronto com policiais.

Durante a troca de tiros, “Bileno” e comparsa acabaram baleados e foram socorridos ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo. Porém, eles não resistiram aos ferimentos e morreram.

Os corpos foram removidos ao Instituto Médico Legal (IML). Com os dois foram encontradas quatro armas, sendo 3 pistolas e 1 revólver, além de várias munições e quase R$ 7 mil em espécie.

Bileno

Condenado a 10 anos por tráfico de drogas, preso com entorpecentes e com uma ficha de pistoleiro de facção criminosa, o traficante estava foragido há mais de um ano, após ser preso em 2020 em Fortaleza (CE), quando procurava casa para comprar em um bairro praiano de classe média alta na Região Metropolitana da capital cearense.

Apontado como autor de vários homicídios cruéis em Manaus, seus processos somariam pena de mais de 60 anos. Na época, ele foi recapturado em uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). Além disso, fez procedimentos de cirurgia plástica para mudar o visual.

No Ceará, com vida de luxo e regalias, passou a se chamar Aylon Soares Cardoso. Considerado de alta periculosidade, Lenon tem envolvimento em diversos assassinatos, em Manaus, relacionados ao crime de tráfico de drogas. Ele participou das mortes registradas no Complexo Penitenciário Antônio Jobim (Compaj), em janeiro de 2017, quando 56 detentos foram brutalmente assassinados.

No site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Lenon aparece com um processo por homicídio simples, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, de 2015.

Pistoleiro

“Bileno” era pistoleiro da Família do Norte (FDN) e, depois, mudou de grupo e passou a ocupar um posto de comando em uma organização criminosa oriunda do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV). De acordo com as investigações, ele era uma espécie de executivo do presidiário Gelson Carnaúba, o “Mano G”, chefe desta facção criminosa.

Atualmente, ele estava à frente da facção Revolucionários do Amazonas (RDA). Preso em fevereiro de 2018, Lenon tinha sido transferido do sistema prisional do estado, em julho daquele ano, junto com outros oito detentos líderes de facção, após a capital amazonense bater recorde de homicídios referentes às brigas de facções do tráfico. Ele ficou quatro meses no presídio de Mossoró, no Rio Grande Norte. Ao retornar para o Amazonas, obteve da Justiça o direito a prisão domiciliar.

Ao ganhar liberdade, fez um voo mais alto e fugiu do estado. Crueldade Além do tráfico e homicídios, alguns com toques de crueldade e esquartejamento, Lenon ainda era investigado por crimes ambientais em invasões da capital.

De acordo com a Polícia Civil, o condenado domina o tráfico doméstico em bairros como Colônia Antônio Aleixo, Distrito II e Puraquequara, e atuava no intercâmbio das drogas através das orlas fluviais dos bairros. “Bileno” também comandava invasões de terras na capital amazonense e tinha sob sua liderança uma milícia armada altamente violenta responsável pela propagação do tráfico de drogas.

Em uma invasão no Francisca Mendes, ele montou um clube de lazer para traficantes e desviou o curso do rio para montar um balneário natural. A suspeita da polícia é que o local serviria como uma espécie de bunker dos criminosos, onde seriam montadas estratégias para articulação de fugas de traficantes do regime fechado.
(Portal Marcos Santos)