Em consulta pública, maioria é contra receita para vacinar crianças

Doutora Rosa Leite Melo(MS)/Foto: Reprodução

A medida é questionada por especialistas, que dizem que a ação pode retardar e dificultar a vacinação de parte da população que tem dificuldade de acesso a médicos. O ministro da Saúde chegou a criticar prefeitos e governadores contrários à exigência, com o argumento de que a maioria não é da área da medicina.

No último dia 27, Bolsonaro afirmou que não vai vacinar a filha, Laura, que tem 11 anos, contra a Covid-19. “Espero que não haja interferência do Judiciário, porque a minha filha não vai se vacinar, [quero] deixar bem claro”, afirmou, referindo-se ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Em pronunciamento no último dia 31, o presidente voltou a falar no assunto. “Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendemos que as vacinas para crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada”, afirmou.

A postura é amplamente criticada pela sociedade científica, tendo em vista que a vacinação foi autorizada pela Anvisa. A SBP já defendeu publicamente a vacinação de crianças contra a Covid-19. Outros órgãos e entidades também já se manifestaram em defesa da segurança da vacina em crianças, como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que produz vacinas no Brasil.(R7 Brasília)