No Rio, polícia liberta 23 pessoas em situação análoga à escravidão

Pessoal libertado pela Polícia do RJ/Foto: Divulgação

A polícia do Rio de Janeiro resgatou 23 paraguaios e um brasileiro em situação de escravidão em uma fábrica clandestina de cigarros, na Baixada Fluminense.

Alguns mal falam português, todos têm medo e dizem que são ameaçados. A Polícia Civil do Rio encontrou 23 paraguaios e um brasileiro em situação análoga à escravidão em um galpão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Segundo os agentes, eles chegaram ao Brasil há quase três meses. Trazidos de ônibus de Assunção, no Paraguai, foram atraídos pela promessa de trabalho em uma fábrica de roupas, com salário de R$ 3,5 mil – somando os benefícios.

Mas, na realidade, o serviço era em uma fábrica clandestina de cigarros. Os patrões: um grupo criminoso. Os criminosos confiscaram todos os celulares e ninguém podia sair do galpão.

Era no segundo andar do galpão que eles dormiam. As camas muito próximas umas às outras. Não tem janela, um ambiente abafado, um ar carregado e era onde, nos últimos três meses, os trabalhadores dormiam.

Câmeras de segurança monitoravam tudo que acontecia dentro. No galpão, a Polícia Civil encontrou máquinas, matéria prima, e uma imensa quantidade de cigarros, ainda não contabilizada.

Alguns, já embalados, prontos para serem vendidos. Todo o produto sem nenhum controle de qualidade. Quase a metade dos cigarros consumidos no Brasil tem origem ilegal. Um vigia que estava no galpão fugiu. A polícia investiga quem são os donos do lugar.

Os trabalhadores que viviam como escravos foram levados para o departamento de lavagem de dinheiro da Polícia Civil, serão ouvidos e encaminhados para a Polícia Federal; e devem passar a noite em um hotel, depois podem voltar ao Paraguai.(Portal Marcos Santos)