A área de Recursos Humanos (RH), que lida com as pessoas dentro de uma organização e é estratégica para uma boa gestão, vem experimentando uma gama de transformações ao longo dos últimos anos. É o chamado RH 4.0: a nova era do setor de RH.
O termo se baseia no movimento de mudança da racionalidade organizacional, a partir da aplicação de tecnologias e softwares para melhorar ainda mais seus processos, principalmente na área da Tecnologia, cheia de nuances que precisam de atenção e demandas complexas, bem diferentes de outras áreas de atuação.
“O profissional de RH que atua nessa área precisa, primordialmente, entender o negócio de tecnologia, o perfil das pessoas que atuam com o desenvolvimento de software e hardware, suas práticas de gestão, seus valores, suas motivações, entender que as pessoas precisam ser ouvidas constantemente e que elas de forma geral são colaborativas”, explica o Analista de Pessoas da Fundação Desembargador Paulo Feitoza (FPFtech), Ricardo Patrezze.
Ainda mais quando estamos falando de um mercado em crescimento exponencial. Segundo dados da International Data Corporation (IDC), foram US$ 2,79 trilhões investidos globalmente, dos quais o Brasil corresponde a 1,65% dos investimentos, traduzidos em US$ 45,7 bilhões. Em 2022, os desafios para os Recursos Humanos são proporcionalmente maiores.
“Em minha opinião, dentre vários desafios a serem superados, podemos enfatizar a atração e retenção de pessoas, mediante o mercado superaquecido com várias ofertas de vagas de emprego, a promoção de engajamento dos colaboradores, ainda mais quando falamos de trabalho remoto, a contribuição para o alcance dos objetivos do negócio e o olhar humano e individual para cada pessoa”, explica Ricardo.
Em tempos que Inteligência Artificial e automação de processos, por exemplo, que já são realidades concretas, o Analista de Pessoas entende que a tecnologia deve estar sempre aliada ao humano. Para o profissional, colocar em prática ações que geram valor para as pessoas e o negócio da empresa onde atua são fatores que precisam andar na maior sintonia possível.
“Tecnologia é feita por pessoas e para outras pessoas, por si só isso já é muito interessante. É muito importante, no cenário atual, o profissional ter a resiliência bastante desenvolvida, possuir escuta ativa, comunicação não violenta e assertiva, estar atento às novas tendências de mercado no que se refere à gestão, métodos e ferramentas, ser aberto ao aprendizado constante e às mudanças, ser flexível e ter foco em resultado”, finaliza Patrezze.
RH nunca foi apenas mais um setor, responsável apenas pela admissão e administração de profissionais. É, na verdade, estratégico e protagonista, uma peça fundamental para quem entende que cuidar de Gente e Gestão é o segredo para alcançar ótimos resultados.
