A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas concluiu o processo de atualização cadastral das famílias mapeadas e que serão beneficiadas pelo Programa de Saneamento Integrado (Prosai) de Parintins. A ação ocorreu entre os dias 24 e 28 deste mês. As assistentes sociais e engenheiros do órgão percorreram 1.077 imóveis da área de intervenção de obras do programa, no município (a 369 quilômetros de Manaus).
Os dados foram atualizados com relação aos núcleos familiares, a tipologia construtiva dos imóveis e os impactos das últimas cheias para essas famílias. De acordo com o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, o programa inicia uma nova fase, agora se preparando para a realização das consultas públicas e a formação dos Grupos de Apoio Local (GAL).
A área do Prosai Parintins, onde os técnicos da UGPE realizaram a atualização cadastral, abrange os bairros Santa Clara, Palmares, Francesa e Santa Rita de Cássia. Além de responder aos questionários, os moradores receberam convites para participar das reuniões de formação do GAL, que serão realizadas entre os dias 9 e 11 de maio, na Escola Tomaszinho Meirelles.
Campêlo ressalta que, a partir desse momento, as famílias terão um canal direto através do GAL, que é um grupo formado por moradores voluntários e lideranças das áreas de intervenção. O grupo vai atuar ajudando a repassar as informações à comunidade e acompanhando todo o desenvolvimento do Prosai Parintins.
A subcoordenadora social da UGPE, Viviane Dutra, afirmou que os convites foram entregues para que um membro da família participe das reuniões marcadas em horários específicos para cada área mapeada para intervenção. “As reuniões terão uma duração de uma hora e meia, com dois grupos pela manhã, iniciando a primeira turma às 9h e a outra às 10h30. Pela tarde, vamos iniciar às 14h e o outro grupo às 15h30. Nossa intenção é formar o GAL para que eles atuem no repasse de informações e também nos auxiliem na realização das consultas públicas, para que possamos disseminar informações corretas e construir juntos o Prosai Parintins” afirmou Dutra.
Expectativa pelo Prosai Parintins
A moradora Maria Diva Nunes Leite, que vive no bairro dos Palmares há 18 anos, conta que as principais dificuldades para ela e sua família ocorrem no período da cheia, quando a casa fica alagada e pontes precisam ser erguidas para que possam transitar.
“A minha expectativa em relação ao Prosai é que eu tenha uma residência melhor pra viver junto com minha família. Um local que durante a época da cheia dos rios não vá para o fundo igual a essa baixada que eu moro”, destacou.
A empreendedora Raimunda Francisca Silva, que também reside no bairro dos Palmares, diz que já mora no local há mais de 20 anos e que é muito difícil na época das cheias, devido aos problemas de transporte e o medo das doenças trazidas pelas enchentes. Com o Prosai, ela espera ter um lugar seguro para viver.
“Um local que tenha mais dignidade, uma moradia decente, que a gente não passe por essa situação todo ano, de conviver com o lixo e a alagação. Eu espero o melhor, para mim, para os meus vizinhos e para a cidade”, ressaltou.
