Vereador afirma que é preciso “ousadia” para conscientizar sobre a coleta de lixo

Vereador Chico Preto diz que, só com "ousadia" se resolve problema do luxo/Robervaldo Rocha

O vereador Chico Preto (PMN) afirmou, durante seu discurso na Câmara Municipal de Manaus (CMM) ontem, quarta-feira (22), que é preciso “ousadia” por parte da Prefeitura no trabalho de indução e conscientização da população acerca da importância da coletiva seletiva do lixo e, de  acordo com o parlamentar, uma das alternativas para fomentar a prática seria incluir na coletiva de resíduos domiciliares a participação de cooperativas do segmento.

“Imagina incluir, diariamente ou semanalmente, a figura de um reciclador que irá na porta das pessoas pedir os resíduos recicláveis. Esse fato fictício certamente levará as pessoas a mudarem seu comportamento e entregar seus resíduos sólidos separados. Falta ousadia por parte da Prefeitura em organizar as cooperativas e incluí-las dentro da coleta de lixo. Isso gerará mudança de comportamento, que vai gerar sustentabilidade e consequentemente economia no orçamento da Prefeitura. Vale lembrar que os resíduos sólidos pesam no lixo e as empresas de coleta ganham no peso”, destacou.

Na avalição do parlamentar, um projeto como este também oportunizará a geração de emprego a pessoas que, seja pela idade ou por falta de formação acadêmica, não encontram trabalho.

“Isso incluirá recicladores que não encontram mais empregos no Distrito Industrial, mas que vão encontrar nesse trabalho a sua fonte de renda digna”, observou.

Laboratório

Chico Preto afirmou, ainda, esperar que sua indicação possa ser colocada em prática pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).

“É necessário ousadia para começar isso. Pega um bairro ou uma zona e começa pequeno, fazendo um laboratório. Isso vai diminuir o gasto com a coleta de lixo, que é paga no peso. O orçamento da Semulsp, que não envolve somente coleta domiciliar de lixo, beira R$ 300 milhões. O quanto podemos economizar não se sabe, mas podemos mudar o comportamento das pessoas”, concluiu.