Um milhão de estudantes participam hoje da Olimpíada de Matemática em todo o Brasil

Estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil fazem neste sábado (28) as provas da segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Cerca de 1 milhão de alunos participam da competição. As provas começam a ser aplicadas às 14h30 (horário de Brasília).

Esta é a 15ª edição da Olimpíada, que tem como tema os povos indígenas.

Os estudantes podem verificar onde será aplicada a prova na página da Obmep.

Nesta fase, os alunos que se classificaram na primeira fase da competição responderão a seis questões discursivas. Eles terão três horas para respondê-las, mas os que fazem a prova em braille, a prova ampliada ou que precisem de acompanhante terão até quatro horas.

O nome dos vencedores da competição será divulgado no dia 3 de dezembro e os prêmios serão entregues no decorrer do próximo ano.

A Obmep é voltada para estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio e premia separadamente alunos de escolas públicas e privadas. Os candidatos de escolas públicas concorrem a 6,5 mil medalhas – 500 de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil, de bronze, além de 46,2 mil certificados de menção honrosa. Já os alunos de escolas particulares receberão 975 medalhas – 75 de ouro, 225 de prata e 675 de bronze, além de 5,7 mil menções honrosas.

Os ganhadores de medalhas de ouro participarão de uma cerimônia nacional que normalmente ocorre no primeiro trimestre do ano seguinte à realização da Olimpíada. “Como a Obmep é nacional, podemos escolher determinado estado para fazer essa premiação”, disse Érika. “O ideal é que essa premiação rode mesmo. Como é um programa nacional, todos os estados podem ser contemplados com essa cerimônia”, acrescentou.

As medalhas de prata e bronze e as menções honrosas são entregues em cerimônias regionais. Professores, escolas e secretarias de Educação também concorrem a prêmios, de acordo com o desempenho dos alunos na segunda fase.

Criada em 2005,, a Olimpíada é realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em parceria com os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A Sociedade Brasileira de Matemática apoia a competição.

Recorde

Segundo a coordenadora de Logística, Provas e Premiação da Obmep, Érika Sholl, o número de escolas inscritas foi recorde na primeira fase (54.831), bem como o número de cidades: 5.554, o equivalente a 99,71% dos municípios do Brasil. A primeira fase da competição reuniu 18,2 milhões de estudantes.

A Olimpíada classifica para a segunda fase os 5% de alunos mais bem colocados de cada escola na primeira etapa. O Nível 1 (6º e 7º anos do ensino fundamental) terá 316.137 participantes; já o Nível 2 (8º e 9º anos do fundamental) contará com 277.852; e o Nível 3 (ensino médio), 355.237 alunos.

De acordo com Érika, na primeira fase, a prova foi de múltipla escolha e, agora, na segunda fase, são seis questões dissertativas, valendo 20 pontos cada. Outra diferença é que, na primeira fase, a aplicação das provas foi responsabilidade das escolas e, na segunda, elas serão aplicadas por fiscais designados pela coordenação da Obmep.

“São questões dissertativas, em que o aluno deve explicar a questão e os cálculos, bem como o raciocínio empregado. Ele explica e exibe os cálculos”, disse Érika.

Estímulo

Para Érika Sholl, a Obmep é uma competição que serve para incentivar o aprendizado da matemática. “[Serve para] incentivar esse aprendizado, mostrar que a matemática não é um bicho papão e descobrir talentos. Muitos alunos não têm noção do talento que têm, e até gosto pela matemática, que eles podem descobrir fazendo essa prova”. Ela ressaltou que a prova é composta por questões que precisam de criatividade e raciocínio lógico, e não necessariamente de matemática pura e aplicada.

“Então, às vezes, você tem um menino que não tem noção ainda de que a matemática é interessante, e ele descobre em uma questão dessas, bem formulada, em que tem que atuar com o raciocínio lógico e com a criatividade e acaba tomando gosto e descobrindo que a matemática é bem legal. E isso acontece mesmo!”, afirmou a coordenadora de Logística, Provas e Premiação da Obmep.(Agência Brasil)