Vereador propõe que malabarismo com facões e fogo seja proibido em vias urbanas de Manaus

Vereador Wallace Oliveira/Aguilar Abecassis

O plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) encaminhou, na quarta-feira (27), para a Comissão de Transportes, Mobilidade Urbana e Acessibilidade (COMTMUA), o Projeto de Lei (PL) n° 167/2018, de autoria do vereador Wallace Oliveira (Podemos), que proíbe a prática de atividades de malabarismo com facas e fogos nos cruzamentos e semáforos das vias urbanas da cidade.

Wallace Oliveira informou que recebeu vídeos de motoristas que foram ameaçados por estes artistas de rua, por não darem nenhum valor em dinheiro após as apresentações e que o projeto, visa evitar uma tragédia. “Eu recebi um vídeo, onde um motociclista é intimidado por um desses artistas, que estava com facões. Precisamos tomar uma providência antes que aconteça uma morte nos semáforos. Eu me solidarizo com esses artistas que estão tentando ganhar seu dinheiro, mas essa prática coloca em risco a vida de outras pessoas”, argumentou o parlamentar.

O PL foi defendido pela maioria dos parlamentares da Casa Legislativa Municipal, como o vereador Chico Preto (PMN), que salientou a importância da Secretaria de Segurança Pública (SSPAM), olhar para esta atividade. “É uma prática que coloca em risco a vida, até dos pedestres que por ali passam. De repente, em um acidente, esses facões escapam da mão e atinge um motorista, um motoqueiro, um transeunte que está passando no momento, e nós vamos aqui lamentar o ocorrido. O projeto do vereador é bom, mas é preciso que a Secretaria de Segurança tome para si essa responsabilidade”.

Na opinião do vereador Roberto Sabino (PHS), o projeto tira a renda daqueles que estão buscando sobreviver, e que o estado e município poderiam buscar soluções para tirá-los dos semáforos, mas de outra forma, que não seja proibindo a atividade. “Acredito que o governo possa oferecer cursos técnicos para estes artistas, para que eles tenham a oportunidade de sobreviver. Muitos deles são nossos amigos venezuelanos que vieram de uma situação sofrida em busca de oportunidades, por isso, creio que devemos buscar outras alternativas”, enfatizou.

Para o vereador professor Samuel (PHS), é preciso discutir esse assunto com responsabilidade social e segurança, pois quem está no semáforo precisa ganhar seu dinheiro, mas sem colocar em risco a segurança de quem está em volta. “Devemos discutir locais onde esses artistas possam se apresentar, como por exemplo, a Ponta Negra, que é um ponto turístico e tem grande movimentação, não devemos apenas proibir a atividade, mas encontrar outros meios para que esses artistas de rua possam ter o seu ganha-pão”.

Carlos Portta (PSB,) também, defendeu o projeto, mas deu como sugestão que a atividade seja regulamentada, para ter controle sobre as pessoas que as praticam. “É uma arte de rua perigosa, às vezes, esses artistas estão com cinco, seis e até sete facões nas apresentações, colocando em risco os carros que estão na primeira fileira e os pedestres. Então seria importante encontrar uma forma de regulamentar a atividade para controlar quem as pratica”.

Outros parlamentares também se posicionaram a favor do projeto, e o classificaram como fundamental para evitar acidentes, como o vereador Fransuá (PV), Cláudio Proença (PR), William Abreu (PMN), Amauri Colares (PRB), Bessa (SD), Gedeão Amorim (MDB) e Eloi Abreu (PHS).
Autor do texto: Tiago Ferreira – Dircom/CMM

Crédito da foto: Aguilar Abecassis – Dircom/CMM