Wilker Barreto cobra retorno do Vidativa, mas Sejel diz não ter previsão para reinício

Deputado Wilker Barreto da reativação do programa Vidativa/Foto: Wilkinson Cardoso

O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) se reuniu na terça-feira (16), com o titular da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Caio André Oliveira, para cobrar o retorno do projeto Vidativa, que está parado há sete meses.

Até o ano passado, o projeto atendia uma média de cinco mil idosos, divididos em 47 núcleos espalhados pelo estado. Um total de seis deles era disseminado no interior, atingido Iranduba, Cacau Pirêra, Rio Preto da Eva, Parintins, Manacapuru e Novo Airão.

Durante a reunião, que foi acompanhada pelas representantes da terceira idade de várias partes da capital, foi explicado para o deputado que o projeto custa à Sejel um total de R$ 6 milhões, o que garantiria os profissionais, materiais, além das atividades inclusivas na área do desporto, recreação e lazer para o pleno funcionamento do Vidativa. Entretanto, segundo Caio André, não há previsão orçamentária para aportar no projeto e nem data para o mesmo reiniciar. O secretário disse, ainda, que o Governador tem conhecimento da situação.

“Ficou bem claro para mim que o que falta para este projeto voltar a funcionar é uma questão de querer do Governador, de dar prioridade. O orçamento da Sejel é baixo e precisa do olhar da gestão atual. A minha sugestão ao Governo é que faça ‘uma dieta’. Enxugue o buffet de bacalhau que contratou e, de lá, consiga extrair a metade deste custeio”, sugeriu o parlamentar, dando uma nova opção para o enxugamento da máquina pública.

“Além disso, se tivesse feito a revisão de contratos de forma correta, poderia ter acesso a mais de três milhões da nova empresa que vai cuidar do sistema penitenciário”, disse Wilker, ao comentar sobre a empresa Reviver Administração Prisional Privada Ltda., que é R$ 3,4 milhões mais cara que a Umanizzare e vai administrar o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). O montante é de R$ 32 milhões por seis meses (R$ 64 milhões por ano).

Retorno distante

Ainda segundo Wilker, a ideia de que o Vidativa volte a funcionar ainda este ano é distante, o que deixa os idosos apreensivos. Além disso, diante da resposta da Sejel, o deputado tentará intermediar uma conversa com o governador Wilson Lima para mostrar a importância de apoiar ações para a melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa.

“É muito difícil enxergar que o projeto volte a funcionar ainda este ano, pois precisa de ao menos dois meses para o processo de licitação. Mesmo assim, ainda que retorne em dezembro, é válido para esses idosos que encontram neste projeto um estímulo à saúde, mediante a psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, dança e fisioterapeutas. Isso garante a prevenção de muitas enfermidades e passa a desobstruir hospitais. Imagine ter o 28 de agosto com cinco mil idosos?”, indagou Barreto.